sábado, 18 de outubro de 2014

Restauração da Biblioteca Câmara Cascudo avança pouco mais de 50%. FJA aguarda recursos federais para dar continuidade aos serviços

ARRASTANDO

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Carolina Souza
acw.souza@gmail.com

Pela segunda vez o prazo de conclusão das obras de restauração da Biblioteca Pública Câmara Cascudo foi adiado. O motivo, um pedido de aditivo pelo Governo do Estado no valor do contrato dos serviços ao Ministério da Cultura (MinC), que já remeteu mais de R$ 1 milhão para as obras. Para que o aditivo seja concedido – duas parcelas de aproximadamente R$ 365 mil  – é necessário a conclusão de uma inspeção do prédio pelo MinC.

Segundo informações da Fundação José Augusto (FJA), uma equipe do Ministério esteve em Natal há 15 dias para realizar a inspeção. Desse tempo para cá, a obra, que foi iniciada em abril de 2013, precisou ser interrompida, estacionando em pouco mais de 50% dos serviços concluídos.

Essa informação foi confirmada a O JORNAL DE HOJE pelo engenheiro da FJA, Sérgio Paiva. Sérgio esclareceu que não é o engenheiro responsável pela obra de restauração da Biblioteca, mas, como servidor da Fundação, dá suporte à Secretaria de Estado de Infraestrutura (SIN) no processo de fiscalização dos serviços.

“Não se trata de dizer que a obra precisou ser parada. Mas achamos que só devemos dar continuidade aos serviços quando o restante dos recursos for repassado. Não queremos correr o risco de concluir tudo e não ter o dinheiro para pagar a empresa executora”, afirmou, em contato com a reportagem por telefone. “Como estamos no final de um governo, temos medo que esse dinheiro demore a chegar”, conta.
Diante do pedido do aditivo e da inspeção, o prazo para a conclusão dos serviços na Biblioteca Câmara Cascudo foi adiado para abril de 2015. Antes disso, o Governo do Estado já havia adiado a conclusão da obra para este mês de outubro, quando a finalização estava prometida para o mês de maio.

“Estamos só aguardando a chegada desses recursos. Se o dinheiro chegar logo, acredito que a empresa conseguirá terminar tudo até o mês de dezembro. Pedimos urgência nisso. Mas muita coisa já está pronta. Ficou faltando apenas a colocação dos novos pisos, pintura, aplicação das luminárias e dos vidros”, explicou Sérgio Paiva.

Fotos registradas pela equipe do JH na manhã de ontem (16)  mostram que o local estava sem nenhuma pessoa trabalhando. Este vespertino tentou contato com a administradora da Biblioteca, Sabina Pires, mas os telefones estavam desligados. A secretária Extraordinária de Cultura do RN, Isaura Rosado, se limitou a comentar que os serviços de restauração estão dependendo apenas do resultado da vistoria do MinC.
O projeto de restauração da maior biblioteca pública do Rio Grande do Norte foi avaliado em R$ 3 milhões, sendo o Ministério da Cultura e o Governo do Estado responsáveis, cada um, pelo repasse de R$ 1,5 milhão para a obra.

O projeto arquitetônico e complementar foi desenvolvido pela Fundação José Augusto e prevê mudança estrutural e administrativa do espaço. O prédio passou por reparos nas instalações elétricas e hidráulicas, recebeu nova cobertura, pintura, adequações à acessibilidade, substituição das antigas esquadrias de madeira por outras de alumínio com vidro, além da alteração na disposição dos setores, bem como a criação de novos espaços como café, sala infantil e auditório.

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