LAVA JATO
O advogado e ex-consultor
Rodrigo Tacla Duran, que realizou serviços como advogado da Odebrecht e
que seria testemunha de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, será ouvido por meio de videoconferência, nesta terça-feira (5),
às 10h, pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias, na Câmara dos
Deputados.
A defesa do ex-presidente Lula solicitou que Duran prestasse
depoimento sobre suposta falsidade de documentos por parte da Odebrecht,
no âmbito da operação Lava Jato. O Ministério Público Federal quer que o
Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeite o pedido.
A iniciativa
da audiência pública é do deputado Wadih Damous (PT-RJ). “Ele possui
diversas informações relevantes sobre a Operação Lava Jato e, por isso,
deve ser ouvido nas instâncias adequadas e responsáveis pelo processo.
Porém, por causa de diversas negativas injustificadas, teve violado o
direito ao devido processo legal, além da garantia ao contraditório e da
ampla defesa”, afirma Damous.
O parlamentar acrescenta que “não se pode admitir o cerceamento de
defesa, especialmente quando se trata de um processo de tamanha
relevância para o País, cujas consequências podem ser altamente
prejudiciais aos investigados ou até condenados injustamente”.
Histórico
Em
dois depoimentos, um à CPI da JBS e outro à defesa do ex-presidente
Lula, Rodrigo Tacla Duran mostrou documentos que não conferem com os que
teriam sido obtidos no sistema eletrônico de contabilidade da Odebrecht
– o “My Web Day”. Essa diferença, alega a defesa de Lula, pode indicar
que houve algum tipo de alteração. Tacla Duran submeteu esses documentos
a uma perícia na Espanha, onde morou, e a autenticidade foi atestada.
Mas uma perícia não foi feita pela Polícia Federal no Brasil por falta
de acesso ao sistema.
Em novembro de 2016, Duran teve a prisão preventiva decretada pelo
juiz federal Sérgio Moro, foi preso na Espanha, mas libertado porque tem
dupla cidadania, o que impediu a extradição.
(por Notícias Ao Minuto)
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