RIO DE JANEIRO
A Polícia Civil encontrou, nesta sexta-feira, um cemitério
clandestino em Itaguaí, na Baixada Fluminense. De acordo com reportagem
do RJTV, da TV Globo,
investigações mostraram que o terreno vinha sendo
usado para o enterro de vítimas de milicianos. O exército e o Corpo de
Bombeiros auxiliaram na chegada da polícia ao local.
O Ministério
Público acompanhou a operação. Investigações revelaram que os criminosos
enterravam os corpos de criminosos rivais numa mata, a cinco
quilômetros do centro de Itaguaí. Depois de cerca de três horas de
procura, os policiais da 50ªDP (Itaguaí), com apoio de caes do corpo de
bombeiros, encontram o cemitério clandestino usado pelos milicianos da
cidade.
Seis ossadas foram encontradas, mas a polícia acha que o número pode ser maior.
“Vamos
tentar localizar famílias que tiveram entes que desapareceram, porque
muitos nem registro de homicídio tem, o registro que consta é de
desaparecimento,e vamos trabalhar nessa ligação aí pra poder
identificá-los”, disse o delegado Moyses Santana ao portal G1.
O MP suspeita que pessoas inocentes, assassinadas por milicianos, também estejam enterradas no cemitério clandestino.
“A
gente tem informações de um rapaz jovem, menor de 18 anos, que só por
morar em área de trafico foi questionado, foi sequestrado levado pra
aquele local torturado pra que desse informações e não tendo informações
acabou sendo executado”, disse o promotor Jorge Furquim.
O
promotor criticou a atuação da Polícia Militar na região e o
envolvimento de PMs com milicianos. Segundo a polícia, um dos chefes da
quadrilha em Itaguaí é Carlos Eduardo Benevides, ex-policial, expulso da
corporação.
Ainda de acordo com os investigadores, o bando também
tem a participação do sargento da polícia militar Antônio Carlos de
Lima, que trabalha, até hoje, no batalhão de Santa Cruz, próximo a
Itaguaí. Antônio Carlos foi preso nesta sexta.
“As pessoas hoje
nem sequer fazem o registro policial nem sequer ligam para Polícia
Militar temendo que não sejam atendidas e que possam correr risco. Eu
acho que se a gente conseguir com essa investigação e com esses fatos
graves apurados chamar atenção para que a Policia Militar reforce seu
efetivo aqui e tenha mais empenho nesse tipo de criminalidade, a gente
vai conseguir mudar o quadro”, reforçou o promotor.
(por: Extra.Globo.com)
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