sábado, 4 de agosto de 2018

Polícia encontra cemitério clandestino da milícia em Itaguaí, na Baixada Fluminense/RJ

RIO DE JANEIRO
 

A Polícia Civil encontrou, nesta sexta-feira, um cemitério clandestino em Itaguaí, na Baixada Fluminense. De acordo com reportagem do RJTV, da TV Globo, 

investigações mostraram que o terreno vinha sendo usado para o enterro de vítimas de milicianos. O exército e o Corpo de Bombeiros auxiliaram na chegada da polícia ao local.

O Ministério Público acompanhou a operação. Investigações revelaram que os criminosos enterravam os corpos de criminosos rivais numa mata, a cinco quilômetros do centro de Itaguaí. Depois de cerca de três horas de procura, os policiais da 50ªDP (Itaguaí), com apoio de caes do corpo de bombeiros, encontram o cemitério clandestino usado pelos milicianos da cidade.

Seis ossadas foram encontradas, mas a polícia acha que o número pode ser maior.

“Vamos tentar localizar famílias que tiveram entes que desapareceram, porque muitos nem registro de homicídio tem, o registro que consta é de desaparecimento,e vamos trabalhar nessa ligação aí pra poder identificá-los”, disse o delegado Moyses Santana ao portal G1.

O MP suspeita que pessoas inocentes, assassinadas por milicianos, também estejam enterradas no cemitério clandestino.

“A gente tem informações de um rapaz jovem, menor de 18 anos, que só por morar em área de trafico foi questionado, foi sequestrado levado pra aquele local torturado pra que desse informações e não tendo informações acabou sendo executado”, disse o promotor Jorge Furquim.

O promotor criticou a atuação da Polícia Militar na região e o envolvimento de PMs com milicianos. Segundo a polícia, um dos chefes da quadrilha em Itaguaí é Carlos Eduardo Benevides, ex-policial, expulso da corporação.

Ainda de acordo com os investigadores, o bando também tem a participação do sargento da polícia militar Antônio Carlos de Lima, que trabalha, até hoje, no batalhão de Santa Cruz, próximo a Itaguaí. Antônio Carlos foi preso nesta sexta.

“As pessoas hoje nem sequer fazem o registro policial nem sequer ligam para Polícia Militar temendo que não sejam atendidas e que possam correr risco. Eu acho que se a gente conseguir com essa investigação e com esses fatos graves apurados chamar atenção para que a Policia Militar reforce seu efetivo aqui e tenha mais empenho nesse tipo de criminalidade, a gente vai conseguir mudar o quadro”, reforçou o promotor.

(por: Extra.Globo.com)

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