Sérgio Moro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil )
O PT reagiu com duras críticas à escolha do juiz Sérgio
Moro como ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair
Bolsonaro. Para o partido, Moro revelou "imparcialidade como juiz" após
ter condenado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aceitado o
convite do presidente eleito. "Sua máscara caiu", diz nota da Executiva
Nacional da legenda.
Após o anúncio de Moro para o ministério, o PT afirmou
que reforçará a campanha pela liberdade do ex-presidente e cobrou que o
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) "paute imediatamente" o julgamento da
representação protocolada pelo partido em 2016 depois da divulgação de
conversas entre Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff.
"O juiz que atuou tão fortemente contra Lula é o mesmo
que beneficiou os verdadeiros corruptos da Petrobras e seus agentes, que
hoje gozam de liberdade ou prisão domiciliar, além dos milhões que
acumularam, em troca de depoimentos falsos, de claro cunho político",
diz a nota.
Para o PT, a indicação "é mais um sinal de que o futuro
governo pretende instalar um estado policial no Brasil" por causa das
declarações do vice-presidente eleito, general Mourão. Em entrevista à
Folha de S.Paulo, Mourão afirmou que houve sondagem a Moro ainda na
campanha eleitoral.
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