Marco Ruben comemora um dos gols do Athletico contra o Boca Juniors, pela Libertadores (Divulgação/Athletico/Divulgação)
Com um futebol de encher os olhos do torcedor rubro-negro e de qualquer um que tenha assistido à partida e atuação de gala do atacante Marco Ruben, autor dos três gols, o Athletico Paranaense venceu o Boca Juniors por 3 a 0 nesta terça-feira, 2, na Arena da Baixada, e assumiu a liderança do grupo G da Taça Libertadores.
O atual vice-campeão do torneio até manteve certo equilíbrio no primeiro tempo e foi para o intervalo perdendo por apenas 1 a 0. Na segunda etapa, porém, o vencedor da última Copa Sul-Americana dominou, marcou mais duas vezes e poderia ter construído um placar ainda maior.
Ruben, grande nome da partida em Curitiba, sabia bem o que era enfrentar o Boca. Fez isso uma vez com a camisa do River Plate, em 2007, e seis pelo Rosario Central, de 2015 até o ano passado. O histórico já era positivo, com quatro triunfos, dois empates e uma derrota, mas o centroavante havia ido à rede apenas uma vez, em 2017, em um 1 a 0 pelo Campeonato Argentino. Na noite desta terça-feira, deslanchou diante de 33.658 torcedores.
O bom desempenho do centroavante e de toda a equipe levou o Furacão à ponta da tabela, com seis pontos, quatro a mais que o adversário desta noite, que caiu para a segunda posição. A chave tem ainda o Deportes Tolima, com três pontos, e o Jorge Wilstermann, com um, que se enfrentarão nesta quarta na Colômbia.
O Furacão voltará a campo pelo torneio continental daqui a uma semana, novamente na Arena da Baixada, para enfrentar o Tolima, por quem foi derrotado na estreia, em 5 de março. Na quarta-feira da semana que vem, o representante argentino buscará a reabilitação encarando o Wilstermann em La Bombonera.
O Furacão voltará a campo pelo torneio continental daqui a uma semana, novamente na Arena da Baixada, para enfrentar o Tolima, por quem foi derrotado na estreia, em 5 de março. Na quarta-feira da semana que vem, o representante argentino buscará a reabilitação encarando o Wilstermann em La Bombonera.
O Athletico entrou em campo com força máxima, após ter feito uma intertemporada no Uruguai. O atual campeão da Copa Sul-Americana disputou dois amistosos, contra Defensor e River Plate local, e perdeu os dois, mas não se destacou no estadual, em que vem jogando com equipe B.
No Boca, que no fim de semana entrará em campo pelo Campeonato Argentino brigando pelo vice, o principal desfalque foi Ábila. O atacante ex-Cruzeiro sofreu uma lesão muscular na perna direita na vitória sobre o Banfield por 2 a 0, na última sexta-feira.
O time da casa foi o primeiro a atacar com maior perigo e incomodou duas vezes seguidas em jogadas de Renan Lodi. Aos 13 minutos de partida, o lateral-esquerdo cruzou buscando Nikão, que não alcançou. Aos 15, tentou sozinho após passe rasgando a defesa ‘xeneize’, mas demorou e foi travado.
Aos 17, foi a vez dos visitantes atacarem. Villa limpou a marcação pela direita e levantou na medida para Benedetto, que cabeceou perto da trave. Em seguida, aos 22 minutos, foi o Furacão quem tentou pelo alto, com Thiago Heleno, que escorou escanteio de Bruno Guimarães e também errou o alvo por pouco.
O Athletico tinha domínio territorial, mas o atual vice-campeão da Libertadores ficava à espreita e encaixou ótimo contra-ataque aos 28, com Villa. O camisa 22 rolou para a chegada de Reynoso, que tentou duas vezes. A primeira acertou a zaga, mas a segunda só não entrou porque o goleiro Santos fez grande defesa.
Mais eficiente, o time paranaense fez 1 a 0 com Ruben, que até então tinha atuação discreta. Aos 35, Rony rolou da esquerda para o meio da área, e Lucho González errou a conclusão, mas o centroavante argentino estava bem colocado na segunda trave e empurrou para a rede.
O clima esquentou, e não houve mais grandes chances de gol na etapa inicial, mas dois atacantes experientes receberam cartão amarelo, Tévez, aos 42 minutos, e o próprio Ruben, aos 44.
O Athletico voltou do vestiário mantendo o domínio territorial, mas continuou correndo riscos. Aos três minutos, em novo contragolpe, Villa driblou e passou para Reynoso, que deu para Benedetto. O centroavante ajeitou e chutou por cima do travessão.
Aos 12, Thiago Heleno demonstrou visão de jogo, percebeu o goleiro Andrada adiantado e arriscou de antes do meio de campo. A bola passou por cima do alvo com algum perigo. Na sequência, aos 15, em uma combinação de agilidade e raça, Rony acelerou, foi derrubado ao tentar passar entre dois defensores, se manteve de pé e ainda dividiu com o goleiro. A bola ia tomando o caminho do gol, mas Izquierdoz cortou.
O poder de fogo do hexacampeão era cada vez menor, o Furacão dominava e aumentou a diferença aos 23. Lucho González fez o desarme e puxou o contra-ataque, Bruno Guimarães levou para a esquerda da área e passou para o meio. Andrada não alcançou, e Ruben, bem colocado, fez mais um.
Sem se acomodar com a vantagem, o time anfitrião continuou em cima em busca do terceiro. Aos 34 minutos, Rony limpou a defesa e bateu na direção do cantinho, mas Andrada espalmou para escanteio. Nikão cobrou, o próprio Rony acertou o travessão, e Ruben, atento ao rebote e completou para o gol vazio, chegando ao que em língua espanhola chamam de ‘triplete’.
Ainda houve chance para transformar o placar em goleada, mas Marcelo Cirino, que entrara na vaga de Bruno Guimarães, falhou de maneira incrível. Aos 42, Nikão bateu falta em direção ao gol, o goleiro soltou e o atacante, sozinho dentro da área, arrematou por cima.
Ficha técnica
Athletico Paranaense: Santos; Jonathan, Thiago Heleno, Léo Pereira e Renan Lodi; Camacho (Léo Cittadini), Bruno Guimarães (Marcelo Cirino) e Lucho González (Wellington); Nikão, Rony e Ruben. Técnico: Tiago Nunes.Boca Juniors: Andrada; Buffarini, López, Izquierdoz e Más; Marcone, Nández e Reynoso; Villa (Pavón), Tévez (Zárate) e Benedetto. Técnico: Gustavo Alfaro.
Árbitro: Roberto Tobar (Chile), auxiliado pelos compatriotas Chrisitan Schiemann e Raúl Orellana.
Cartões amarelos: Ruben (Athletico Paranaense); Tévez, Marcone e Nández (Boca Juniors).
Gols: Ruben (3x) (Athletico Paranaense)
Estádio: Arena da Baixada, em Curitiba
(Por EFE)
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