A segurança pública voltou ao debate, ontem, na Assembleia
Legislativa. O deputado Gustavo Carvalho (PSDB) criticou o Governo e
sugeriu um projeto de lei que determina uma distância mínima de 500
metros entre a construção de presídios e as áreas habitacionais dos
municípios. Ele quer a convocação da secretária de Segurança, Kalina
Leite, para falar sobre as ações de governo no combate à insegurança.
"Não
quero apenas fazer a crítica ao Governo, quero aqui apresentar
sugestões para colaborar com as melhorias para segurança pública. Tenho
me aprofundado neste assunto e conversado com especialistas em Segurança
e apresento hoje esse projeto que proíbe que penitenciárias sejam
construídas próximas a casas. Em Alcaçuz, por exemplo, muitas casas
pertencem a familiares de presos, o que possibilita um apoio às fugas”,
disse o parlamentar.
Na sessão de terça-feira
(26), a deputada Márcia Maia, também do PSDB, fez duras críticas ao
governo e também cobrou ações do governo no combate à criminalidade em
Natal e no interior. “Acredito que o projeto será aprovado, mas enquanto
isso o Governo deve ter sensibilidade e não permitir a criação de
penitenciárias próximo a zonas urbanas”, frisou o deputado Hermano
Morais (PMDB). Ele deu como exemplo, o município de São Paulo do
Potengi, onde, segundo ele, um centro de detenção está sendo ampliado
perto de escolas e casas.
Nas críticas ao governo,
o deputado Gustavo Carvalho lembrou que em 2010 a PM tinha 10 mil
homens e, atualmente, conta com 8.400 policiais. “Se considerar os dias
trabalhados, licenças, atestados, temos 2 mil homens por dia para cuidar
da segurança em todo o Estado. Minha sugestão é lançar um concurso para
contratação de mais homens”, sugeriu o deputado.
Gustavo
também falou sobre a necessidade de modernização do sistema de
segurança pública. "Em Bogotá, existem 1.300 câmeras instaladas. Em
Natal, existem 80 câmeras e apenas 50 funcionando por causa da maresia
que danifica os equipamentos. É preciso ampliar os investimentos”,
comparou ele que citou também o fato de que dos R$ 600 milhões de
orçamento para a segurança, apenas R$ 50 milhões vão para investimento
no setor.
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