O ex-presidente do Banco Central Meirelles disse que o primeiro desafio a ser enfrentado por um eventual governo Michel Temer é "restaurar a confiança na solvência futura do Estado brasileiro". Em segundo lugar, citou medidas que possam levar a um aumento do investimento e concessões de empréstimos.
Em resumo, segundo ele, essas seriam ações necessárias "para que as empresas voltem a produzir, contratar e reverter a trajetória de contração da economia brasileira, o que é fundamental e que todos os brasileiros esperam".
Questionado por jornalistas se haveria alguma necessidade de alteração de programas sociais, Meirelles destacou: "Acredito que não. Não estou entrando especificamente em detalhes. A prioridade no social é muito importante".
O ex-presidente do BC ressaltou antes que não houve convite formal para que seja o ministro da Fazenda de um eventual governo Temer. Apesar disso, disse que sugeriu a adoção de medidas que considera fundamentais para restaurar a confiança dos empresários para a retomada de investimentos, sobretudo na área de infraestrutura.
"No momento, estamos numa fase de coleta de informações", disse Meirelles. "Ele (Temer) está muito interessado, fazendo muitas perguntas, e eu acho que é exatamente o que deveria ser."
Meirelles, reuniu-se hoje com vice-presidente Michel Temer, em São Paulo. Ao deixar o encontro, às 10h15, informou que esta foi a terceira conversa que ambos tiveram sobre a economia. Ele apresentou diagnósticos e sugestões.
Congresso - Meirelles afirmou ter expectativa de que o Congresso apoie a aprovação de medidas sugeridas por um eventual governo Michel Temer na área econômica. "Existe hoje uma consciência nacional de que é preciso restaurar o equilíbrio macroeconômico para que o Brasil volte a crescer e beneficiarmos todos os brasileiros."
Ele afirmou que, para assegurar que o Estado brasileiro seja "solvente de uma forma sustentável", é preciso que a sociedade tenha confiança na macroeconomia do país.
"Em seguida, vamos tratar da microeconomia, que são investimentos, infraestrutura, questões de recuperação judicial das empresas que estão tendo dificuldades neste momento", apontou. "Em resumo: existe uma larga agenda de crescimento. Mas evidentemente tudo isso será função da autoridade econômica que vier a ser escolhida para conduzir esse projeto", afirmou.
(Veja Com Estadão Conteúdo)
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