quinta-feira, 28 de abril de 2016

Moradores cobram fim de descarte irregular de esgoto em Areia Preta

EM AREIA PRETA
 
Acompanhados por técnicos do Ministério Público do Rio Grande do Norte e do Idema, membros da Associação de Moradores de Areia Preta (AMAP) se reuniram na manhã de ontem para uma breve caminhada entre as praias de Miami e Areia Preta, na zona Leste da capital, a fim de identificar pontos a serem melhorados pelo poder público no que diz respeito à urbanização da orla na região.
 
// Técnicos do Ministério Público e do Idema estiveram ontem na região para identificar problemas
 
De acordo com Nelson Freire, presidente da AMAP, que hoje conta com cerca de 180 residentes associados, um dos maiores problemas do trecho são as ligações clandestinas de esgoto na rede de captação de água da chuva, o que provoca acúmulo de água suja na areia da praia. 
 
A situação acaba causando uma “língua preta” na areia exalando mau cheiro.
 
“Temos pelo menos duas línguas desta na praia de Areia Preta em frente a restaurantes movimentados constantemente por turistas”, argumenta Freire, que é ex-secretário estadual de Turismo.
 
// Rota de turistas e elo entre os litorais Norte e Sul, trecho da Via Costeira contrasta beleza com poluição visual na areia e o mau cheiro
 
Outro problema detectado pelos moradores, ainda de acordo com Nelson Freire, é a própria limpeza urbana da praia, principalmente com relação à poda das plantas que crescem nas marginais da Via Costeira. “Não está sendo feita uma limpeza desse matagal, e isso atrapalha tanto o motorista, porque diminui o campo de visibilidade dele, quanto o pedestre que sofre com a insegurança facilitada por esses arbustos grandes”, diz.
 
Em contrapartida, a segurança na região é elogiada por Nelson Freire, após um ano de intensa cobrança por parte da associação. 
 
De acordo com Nelson Freire, presidente da AMAP, que hoje conta com cerca de 180 residentes associados
 
“A segurança está sendo regular”, comenta, frisando que o problema atual da área é mesmo o de saneamento e esgotos clandestinos que contribuem com a poluição da praia e o mau cheiro.
 
O diretor da AMAP, o engenheiro Roberto Goiano, observou também a existência de buracos na calçada da orla, além da degradação dos muros de contenção da avenida. 
 
“Eu mesmo contei oito buracos neste trecho que percorremos”, observou Goiano, informando que o bairro de Areia Preta é inteiramente saneado, enquanto Mãe Luiza, localizado também nas proximidades da praia, ainda possui esgotos clandestinos.
 
Síndica de um dos condomínios da região e secretária da AMAP, a comerciante Vanessa Slaviero, atenta para o fato de que o local é um ponto turístico, e que, portanto, além de contar com restaurantes e hotéis ainda está incluído na rota dos bugueiros que levam os turistas até as praias do litoral Norte potiguar.
 
“Não tem como acessar as praias do litoral Norte e não passar aqui pela Via Costeira, então qual é a imagem que fica para um turista que vem à cidade e observa essas línguas negras na areia da praia sentindo esse mau cheiro?”, protesta. 
 
A comerciante Vanessa Slaviero atenta para o fato de que a praia é um ponto turístico
 
“Acho que é um interesse tanto para os moradores quanto indiretamente para os próprios turistas”, reforça, apontando para a placa mais à frente que indica “Praia imprópria para banho”. 
 
“A gente precisou pedir ajuda também à Promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público para ver se o problema consegue ser solucionado, e por indicação da própria promotoriareunimos técnicos do Idema hoje aqui”, diz.
 
Os técnicos do MP e do Idema realizaram anotações e fotografaram todas as irregularidades apontadas e dentro dos próximos dias devem se reunir novamente com os representantes da AMAP para tratar cada reivindicação individualmente. 
 
O próximo passo da associação é concretizar uma nova audiência com a Prefeitura do Natal.
 
"Já estamos tentando uma audiência com a Prefeitura há cerca de duas semanas e não obtivemos uma resposta até agora, mas vamos insistir para acionar as demais pastas necessárias, como Semurb e Semob através da Prefeitura", finaliza Nelson Freire.
 
Já estamos tentando uma audiência com a Prefeitura há cerca de duas semanas e não obtivemos uma resposta até agora”.
 

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