quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Pela 1ª vez, EUA se abstêm em votação sobre embargo a Cuba. 'Os EUA vão se abster. A decisão é motivada pelas novas relações entre Washington e Havana, inauguradas pelo presidente Obama', disse embaixadora americana

DIPLOMACIA
Pela primeira vez em 25 anos, os Estados Unidos optaram por se abster em uma votação da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre o embargo econômico a Cuba nesta quarta-feira. A resolução condenou com ampla maioria a medida adotada pelos americanos e que só pode ser retirada se o Congresso do país permitir. Foram 191 votos condenando o embargo e duas abstenções – dos EUA e de Israel, que sempre segue o voto dos americanos no caso. Nos outros anos, Washington e Israel sempre votavam “não”.

“Hoje, os Estados Unidos vão se abster. A decisão é motivada pelo novo curso das relações entre Washington e Havana, inauguradas pelo presidente Barack Obama”, disse a embaixadora americana na ONU, Samantha Power, sob muitos aplausos dos diplomatas presentes no Palácio de Vidro.

Segundo a representante, “a política de isolar Cuba não funcionou”. Porém, Power afirmou que a abstenção no voto não significa que seu governo esteja de acordo com todas as políticas adotadas pelo governo da ilha. “Estamos profundamente preocupados pelas graves violações de direitos humanos que o governo de Havana continua a cometer”, ressaltou.

Cuba e Estados Unidos estão, desde dezembro de 2014, em um processo de reatar as relações diplomáticas. Obama e Raúl Castro já se comprometeram em realizar uma série de avanços na relação, mas o embargo econômico, que vigora desde a década de 1960, só pode ser retirado pelo Congresso. Como a Casa tem maioria republicana, Obama não conseguiu fazer com que os parlamentares retirassem a medida.

(Com ANSA)

Nenhum comentário:

Postar um comentário