INVESTIGAÇÃO
© REUTERS/Adriano Machado
Um extrato que mostra
pagamentos do grupo Votorantim no exterior foi encontrado pela Polícia
Federal na casa do coronel João Baptista Lima Filho, amigo do presidente
Michel Temer.
De acordo com a Folha de S. Paulo, os documentos mostram uma operação bancária, realizada em 2016, em dólares, no valor atualizado de cerca de R$ 8 milhões.
Os documentos foram encontrados no ano passado, durante a Operação Patmos.
Os investigadores apuram se houve pagamento de propina de empresas do setor portuário para políticos, entre eles Michel Temer.
O nome da Votorantim consta em uma planilha de 1998 e é a base do inquérito aberto envolvendo o presidente.
A
empresa diz que o pagamento está relacionado a venda de zinco e que
desconhece o motivo de o papel ter sido encontrado na casa de Lima.
Lima não se manifestou sobre o extrato apreendido pela PF.
A
publicação destaca que o grupo Votorantim está no Porto de Santos (SP)
há 30 anos, desde 1997, com a Fibria Celulose, da qual atualmente é
acionista. Desde setembro de 2017, quando seu acordo venceu, a Fibria
opera no local sem contrato, com base em uma liminar da Justiça. A
empresa solicitou ser beneficiada por decreto do presidente Temer que
permite ampliar de 25 para 35 anos os prazos dos contratos de concessões
e arrendamentos firmados após 1993.
As investigações sobre o
decreto iniciaram no final do ano passado, por causa de ligações
interceptadas pela PF durante a delação premiada da JBS.
A PF e a PGR (Procuradoria-Geral da República) investigam se houve
pagamento de propina por parte de empresas do setor portuário para a
edição da norma.
(por Notícias Ao Minuto)
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