CRESCENDO...
Dois fatos me chamaram a atenção na semana passada sobre as
tentativas de impedir Lula de ser candidato: o primeiro foi no início da
semana, quando o juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro,
titular da Operação Lava-Jato, ao participar do Fórum Reconstrução do
Brasil, promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo, na
capital paulista, foi questionado sobre as ações durante as suas
férias. “A imprensa vive questionando o juiz, porque as férias são muito
longas, com alguma razão. E quando o juiz trabalha nas férias, também
criticam”, declarou. Moro disse ainda que já apresentou sua resposta,
sem especificar detalhes, ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que o
intimou a respeito do impasse na soltura de Lula. Aí o magistrado disse:
“Posso ter me equivocado, nenhuma pessoa é perfeita. Mas sempre agi com a pretensão de fazer o que era certo”.
Ora,ora,ora. O simples fato de Moro dizer que pode ter se equivocado
na decisão de não autorizar a soltura de Lula, mesmo estando de férias,
já demonstra um mea-culpa, embora que diante de sua soberba não
queira admitir, colocando em seguida que sempre agiu com a pretensão de
fazer o que era certo. Óbviamente, mesmo equivocado, como admitiu, o
“certo’ para Moro naquele momento era descumprir uma determinação de um
desembargador de plantão em plena função, já que este não se encontrava
de férias como ele.
O outro fato diz respeito a procuradora-geral da República, Raquel
Dodge, que afirmou que a Procuradoria Geral da República irá ajuizar
ações judiciais de impugnação contra todos os candidatos cuja
candidatura esteja vetada pela Lei da Ficha Limpa, incluindo os
condenados por órgão colegiado.
Dodge anunciou também que o Ministério Público vai pedir a devolução
de todo recurso público usado na campanha eleitoral por político que já
seja enquadrado na Ficha Limpa e cuja candidatura venha a ser impugnada
pela Justiça Eleitoral.
“Assinei uma instrução normativa no âmbito da [minha] atribuição
eleitoral que visa instruir os procuradores regionais eleitorais sobre
uma questão que é importante. […] Orienta que todos os promotores e
procuradores ajuízem ação de impugnação ao registro, com base na lei
complementar 64, [como na] existência de condenação transitada em
julgado ou proferida por órgão judicial colegiado”.
Isso é uma sinalização para impugnar a candidatura de Lula, não tem outro objetivo e o recado foi dado de forma velada.
Sabe-se que Lula é preso político, líder em todas as pesquisas de
intenção de voto. Lula está preso, na verdade, para ser impedido de
disputar as eleições, como apontam as maiores lideranças do mundo, como o
senador Bernie Sanders, político mais popular dos Estados Unidos, entre
tantas outras personalidades mundiais do mundo político e artístico.
O que se observa claramente é uma orquestração para aniquilar Lula da
política, pois que sabem se ele puder ser candidato ganha em primeiro
turno, tal a popularidade do petista. É por isso que digo, Lula é igual a
fermento pra fazer massa de pão, quanto mais a “artilharia pesada” da
imprensa golpista mira nele e quanto mais tentam impedir Lula de ser
candidato, mais o petista cresce.
A conferir!
(Charge: Aroeira, em O Dia)
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