ELEIÇÕES 2018
O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin,
acena durante sessão no Congresso Nacional, em Brasília (DF) -
25/04/2018 (Adriano Machado/Reuters)
O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin,
não vai fazer alterações na reforma trabalhista aprovada no Brasil. O
tucano fez a afirmação durante encontro com empresários em Belo
Horizonte. “Trabalhei muito por ela”, disse. Ao falar especificamente
sobre imposto sindical obrigatório, reafirmou ser contra a cobrança.
Na sexta-feira (20), um dia após firmar a aliança com o Centrão, o
ex-governador publicou, em sua conta no Twitter, que não havia ”plano de
trazer de volta a contribuição sindical”. A publicação, inclusive,
causou um primeiro atrito entre Alckmin e seus aliados do grupo formado
por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade.
A declaração causou desconforto nos dirigentes do Solidariedade, ligado às centrais sindicais. “Do jeito que ele [Alckmin] falou, ficou mal. Não vai colocar nada no lugar [do imposto sindical]?
Conversamos com o Paulinho para não fechar nada com ele por enquanto.
Essa informação prejudica mais ainda”, disse o secretário-geral da
Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, na sexta-feira.
Como alternativa à contribuição, Alckmin é favorável à proposta do
Solidariedade de que convenções de trabalhadores possam criar receitas
extraordinárias ou contribuições voluntárias aos sindicatos. “É uma
contribuição dentro da razoabilidade. Quem sugeriu nem fui eu, foi o ACM
Neto [do DEM]”, explicou Paulinho.
Em relação ao sistema tributário, o tucano afirmou que o ideal é que a
carga de impostos seja reduzida paulatinamente. Alckmin disse ser
difícil no mundo encontrar países que tenham apenas um imposto, mas que o
ideal é também não ter grande número de tributos. “Num país grande como
o Brasil, não é fácil. É preciso uma escadinha, para que os impostos
sejam reduzidos aos poucos”, avaliou.
(Por
Estadão Conteúdo)
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