DECLARAÇÃO
Deputado federal e pré-candidato à reeleição Beto Rosado (PP)
O deputado federal e pré-candidato à
reeleição Beto Rosado (PP) não acredita que o fato de Carlos Eduardo
Alves (PDT) ser pouco conhecido no interior do Rio Grande do Norte vá
prejudicar sua eleição para o Governo do Estado. Segundo o parlamentar, o
bom uso da tecnologia e das redes sociais poderá tornar o ex-prefeito
de Natal conhecido em todo o Estado, mesmo que a campanha seja realizada
em apenas 45 dias.
De acordo com Beto
Rosado, a “força” no interior de partidos aliados, como DEM, MDB,
Podemos e PP, também pode garantir importante penetração nos municípios
onde Carlos Eduardo ainda não teve atuação política.
Nesta
entrevista ao Agora RN, o deputado federal – que é uma das principais
lideranças do PP no Estado, sendo presidente do diretório de Mossoró –
diz ainda que a prioridade da legenda para as eleições deste ano é a
manutenção do mandato ocupado por ele na Câmara Federal. Por isso a
escolha por aliança com a chapa de Carlos Eduardo, que, segundo Beto,
oferece condições mais favoráveis para a sua reeleição.
Em
relação à formação da chapa majoritária, Beto Rosado registra que é
bastante provável que o publicitário Kadu Ciarlini, filho da prefeita de
Mossoró, Rosalba Ciarlini, seja candidato a vice-governador, como uma
indicação do PP. No entanto, segundo ele, isso é algo que “ainda não
está totalmente definido”.
Confira a entrevista:
ALIANÇA COM CARLOS EDUARDO
“O
PP foi um partido bastante cortejado porque representa o interior do
Rio Grande do Norte, e isso tem sido um diferencial nas últimas
campanhas. Agora em 2018, tínhamos a opção de pertencer a outras
coligações, mas decidimos apoiar Carlos Eduardo porque vimos viabilidade
para o nosso projeto político, na eleição proporcional, e também porque
Carlos Eduardo é um nome muito interessante para o Rio Grande do Norte.
Ele foi uma opção interessante pela pessoa que ele é, pela expressão
que ele tem na capital e na região metropolitana. E agora estamos
trazendo o interior, a partir do Oeste, para analisar esse nome. É um
nome interessante, com trabalhos prestados”.
EX-PREFEITO NO INTERIOR
“O
mundo mudou. Hoje, a informação corre em uma velocidade muito grande,
com os mecanismos das redes sociais, dos jornais e da televisão. É muito
rápido. Então, temos a expectativa que haja um entendimento da
população pelo nome dele. Além disso, as análises políticas e
conjunturas apontam que a principal adversária, a senadora Fátima
Bezerra, do Partido dos Trabalhadores, tem um certo teto. A senadora tem
em torno de 30% dos votos, e a gente acha que ela é a candidata que tem
mais dificuldades de avançar. Ela já tem um eleitor muito consolidado.
Quem vota já vota e quem não vota não vota de jeito nenhum. Achamos que é
uma eleição que passa pelo segundo turno e, no segundo turno, Carlos
Eduardo tem um certo favoritismo”.
DEFINIÇÃO DO CANDIDATO A VICE
“Não
está totalmente definido. Até porque 100% será apenas quando as
convenções homologarem os nomes. Mas eu acredito que o nome de Kadu foi
bem aceito no grupo político. Possivelmente ele será o candidato a
vice-governador. Qualquer jovem que se coloque na política tem a
experiência, de certa forma, limitada. Mas Kadu tem formação de nível
superior e já participou de campanhas em outros estados como
marqueteiro. Conhece a política por ter nascido em um ambiente
completamente dominado pelas questões políticas. Acho que ele tem
experiência suficiente para o cargo”.
REJEIÇÃO AO PSB
“O
PP tem como prioridade a manutenção do mandato de deputado federal.
Para organizar essa chapa com Carlos Eduardo, eu conversei com Rafael
Motta [deputado federal e presidente estadual do PSB]. Nós entendemos
que a chapa só tem potencial de eleger três candidatos, talvez quatro.
Se ele viesse também, entraríamos em uma disputa onde um provavelmente
perderia o espaço. Ou eu ou ele. Para a acomodação ficar mais fácil,
acordamos que, se eu participasse da coligação do PSD [do governador
Robinson Faria], ele viria para o PDT [de Carlos Eduardo]. Já se eu
viesse para o PDT, ele se sentiria mais confortável indo para outra
coligação. O melhor caminho era estarmos separados. Conhecemos o nosso
potencial de votos. O meu potencial é parecido com o dele. A gente
bateria de frente”.
“PALANQUE PESADO”
Essa
questão do tradicionalismo é sempre evidenciada. Eu costumo dizer o
seguinte: se houvesse, nesse caminho, ações de irregularidades e
desonestidades, o povo já teria desaprovado e nós teríamos ficado de
fora do cenário político”.
JOSÉ AGRIPINO
“A
decisão de ser candidato a deputado federal foi exclusiva dele. Nenhum
candidato abre mão de uma vaga por imposição de outro partido”.
POTENCIAL DA CHAPA
“Para
se eleger um deputado federal, é preciso cerca de 180 mil votos. Eu
acredito que o senador José Agripino tem potencial para atingir esse
quociente sozinho. O deputado Walter Alves teve 191 mil votos na eleição
passada. Havendo uma queda, ele ainda tem potencial de chegar ao
segundo quociente. Somam-se a isso os votos de Beto Rosado, os votos de
legenda e os votos de outros candidatos que vêm para a coligação. Se a
gente conseguir mais 300 mil votos, estaremos disputando uma quarta
vaga”.
MANDATO
“O
meu mandato teve uma atenção muito especial com as potencialidades que o
Estado oferece. Temos, por exemplo, uma atuação muito forte com o setor
petrolífero. Eu tive uma atuação importante para abrir os olhos para os
campos maduros, sobre os quais a Petrobras perdeu o interesse de
explorar. A nossa ideia é que eles possam ser disponibilizados para
empresas privadas os reativarem. Haverá um novo momento do petróleo no
Estado, fruto desse trabalho de Beto Rosado. Além disso, defendi muito o
setor salineiro e a fruticultura irrigada, fora ações de cunho social.
Eu tenho um mandato para ser defendido dentro do Estado. E é isso que eu
farei na campanha.
(AgoraRN)
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