terça-feira, 31 de julho de 2018

Polícia faz operação contra cartel na distribuição de combustíveis no PR. Maiores distribuidoras brasileiras são suspeitas de combinar preços no estado e forçá-lo por meio de contratos de exclusividade com postos bandeirados

CARTEL DO COMBUSTÍVEL
 Polícia Civil do Paraná
 Agentes da Polícia Civil do Paraná discutem a operação Margem Controlada antes de saírem para cumprir os 20 mandados judiciais autorizados pela Justiça (Polícia Civil/Divulgação)

A Polícia Civil do Paraná realizada, na manhã desta terça-feira, a operação Margem Controlada, contra um cartel que manipula os preços dos combustíveis no estado. Segundo a Polícia, são alvo as “três maiores distribuidoras do país”, sem a identificação dos nomes das empresas.

São oito mandados de prisão e doze de busca e apreensão, além da quebra do sigilo de e-mail de nove pessoas. Entre os locais onde está ocorrendo mandado de busca, estão as sedes administrativas das três empresas, que controlam 70% do mercado brasileiro.

Em nota, os investigadores explicam que a suspeita é que as distribuidoras se aproveitam do fato de donos de postos bandeirados serem obrigados a comprar o combustível delas para combinarem o preço que cobrarão desses empresários e evitar a concorrência no valor cobrado dos consumidores.

 Em nota, os investigadores explicam que a suspeita é que as distribuidoras se aproveitam do fato de donos de postos bandeirados serem obrigados a comprar o combustível delas para combinarem o preço que cobrarão desses empresários e evitar a concorrência no valor cobrado dos consumidores.

“Na prática o esquema criminoso funciona assim: representantes das distribuidoras vendem o litro do combustível de acordo com o preço que será praticado pelo dono do posto bandeirado – controlando assim o preço nas bombas e, consequentemente, a margem de lucro dos empresários”, afirmam.

A investigação já dura um ano, realizada pela Divisão de Combate à Corrupção e pela Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba, do Ministério Público do Paraná (MP-PR). O inquérito apura suspeita dos crimes de abuso de poder econômico e formação de organização criminosa, com penas que podem ir de 2 a 13 anos de prisão.

(Veja.Abril.com.br)

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