DECISÃO
Vice-governador Fábio Dantas e o empresário José Vieira
O vice-governador Fábio Dantas e o empresário José Vieira, ambos do
PSB, anunciaram nesta quarta-feira, 25, que desistiram de concorrer,
respectivamente, ao Governo do Estado e ao Senado Federal nas próximas
eleições. Os políticos ainda não anunciaram quem vão apoiar.
Por
meio de uma nota conjunta, Fábio e José Vieira lançaram críticas a
“grande parte” da classe política potiguar – que, segundo eles, “luta
para perpetuar as velhas práticas, o tráfico de influência, o uso
desmascarado da máquina pública, o ‘toma lá dá cá’, o cachimbo apagado e
a boca torta, a parceira arraigada ao atraso e aos costumes”.
Ao
agradecer os apoios recebidos até aqui, os dois pré-candidatos
destacaram ainda que saem da disputa eleitoral deste ano com a certeza
de que “as pessoas querem mudança”. “Os norte-rio-grandenses almejam um
outro Estado – moderno, eficiente e justo”, traz a nota, que lista
também algumas propostas para a gestão pública.
Fábio Dantas e
José Vieira criticaram o quadro político-eleitoral deste ano no Rio
Grande do Norte, que, para eles, não tem “nada de novo”. “Nem nomes nem
projetos. Lamentável descompasso entre uma sociedade crítica,
consciente, carente e aquelas mesmas bandeiras desfiguradas, caducas”,
complementam.
A pouco mais de dois meses da eleição, o PSB –
partido de Fábio Dantas e José Vieira, presidido no Estado pelo deputado
federal Rafael Motta – está isolado. As articulações com as três
principais chapas não prosperaram até agora. A legenda, segundo o Agora
RN apurou, não conseguiu negociar entrada nas coligações encabeçadas por
Carlos Eduardo Alves (PDT), Fátima Bezerra (PT) e Robinson Faria (PSD).
Com isso, a perspectiva até o anúncio desta quarta-feira era que o
partido lançasse uma chapa “puro sangue”.
Confira a nota na íntegra:
Ao Rio Grande do Norte:
As
visitas que fizemos a 40 municípios potiguares nos deram uma certeza:
as pessoas querem mudança. Os norte-rio-grandenses almejam um outro
Estado – moderno, eficiente e justo. A disposição para promovê-lo esteve
sempre conosco, assim como o apoio do Partido Socialista Brasileiro
(PSB), que nos quis protagonistas da desejada e profunda transformação.
O
sonho de um Rio Grande do Norte estabilizado, com suas contas em dia, o
dito equilíbrio fiscal. Com capacidade e poder de crescimento,
investindo em setores vitais da administração pública, com o
funcionalismo respeitado e pago e não apenas os intocáveis felizardos
dos supersalários. Com devolução automática das sobras orçamentárias por
parte dos poderes para serem gastas por setores necessitados e pelo
conjunto da sociedade. Esse sonho está desde muito nos corações e mentes
do nosso povo.
Ao que parece, não em grande parte da
classe política, que luta para perpetuar as velhas práticas, o tráfico
de influência, o uso desmascarado da máquina pública, o “toma lá dá cá”,
o cachimbo apagado e a boca torta, a parceira arraigada ao atraso e aos
maus costumes. Apegada, com todos os botões, ao que deu errado
historicamente, ao que causou prejuízos, ao que segue ontem e hoje a
subjugar o RN. Nada de novo. Nem nomes nem projetos. Lamentável
descompasso entre uma sociedade crítica, consciente, carente e aquelas
mesmas bandeiras desfiguradas, caducas.
Demos muitos
passos à frente juntos, dialogando, divulgando ideias e pararemos a
caminhada igualmente unidos. Não nos lançaremos candidatos ao Governo do
Estado e ao Senado Federal. Uma vírgula e não um ponto final, pois
permaneceremos de mãos dadas em torno dos desejos de mudança e de
caminhos modernizantes para o Estado, grande e sofrido.
As
soluções que tanto pregamos, frutos de observações e estudos,
certamente continuarão a ecoar nesse mar de dificuldades no qual
transformaram o querido RN. A todos que nos apoiaram nesse projeto de
avanço, o nosso muito obrigado. Coragem não nos falta, nunca nos faltou,
mas precisa avançar na profundeza da luta política e da coletividade.
Os olhares esperançosos e os abraços dados permanecerão como estímulos e
motivos a novos papeis de um mesmo roteiro. Vamos em frente!
Um grande abraço, Fábio Dantas e José Vieira
(AgoraRN)
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