ELEIÇÕES 2018: PESQUISA
O economista Aldemir Freire comparou à pedido do Agora RN os
resultados das quatro últimas pesquisas eleitorais (Opine, Ibope, Certos
e Setas) ao governo do RN divulgadas entre os dias 20 e 24 setembro.
Diante
de resultados convergentes e discrepantes contidos nas quatro
pesquisas, Freire concluiu que a senadora Fátima Bezerra, do PT, “pode
estar a apenas pouco mais de 20 mil votos de distância da linha que
separa o primeiro do segundo turno”.
E acrescenta: “pode ter 27
mil votos a mais que o necessário ou ter apenas 20 mil votos a menos,
considerando os cerca de 2,37 milhões de eleitores do RN”.
Ele se
baseia no fato de que “todas as quatro pesquisas apresentam a candidata
do PT em primeiro lugar, com praticamente o dobro de intenções de votos
do segundo colocado e cerca de três vezes os votos do terceiro”.
Outro
cenário usado pelo economista nessa projeção está na regularidade em
que os candidatos ocupam a segunda e a terceira posições nas quatro
pesquisas.
Carlos Eduardo Alves está na vice-liderança em todas elas e o atual governador Robinson Faria permanece em terceiro lugar.
Mas
o economista reconhece que, se na questão da ordem de colocação dos
candidatos há uma ampla convergência, “os institutos divergem de forma
razoavelmente acentuada e para além de suas respectivas margens de erro
sobre o percentual de intenções de votos de cada candidato”.
Explica que as maiores divergências são encontradas especialmente entre dois institutos: o Ibope e o Seta.
“Comparando
os resultados dos dois podemos ver que Fátima Bezerra varia de 30% a
39%; Carlos Eduardo Alves teria entre 16% e 25% e Robinson Faria pode
ter de 10% a 13%. Essa amplitude de variação, sobretudo nos casos de
Fátima e Carlos Eduardo, estão para muito além das respectivas margens
de erro amostrais de cada pesquisa”, analisa.
A grande interrogação proposta nas quatro pesquisas é se haverá segundo turno no Rio Grande do Norte.
“No
contexto dessas quatro pesquisas, temos o Ibope afirmando que haverá
segundo turno, enquanto o Opine mostra números de que não haverá. Para
ambos os institutos essas afirmações são feitas com base no fato de que o
percentual de votos da senadora Fátima Bezerra está abaixo ou acima de
50%, respectivamente, para além das margens de erro”, analisa. “Já para
os outros dois institutos não há como afirmar, estatisticamente falando,
se haverá ou não segundo turno”, acrescenta.
Para tentar amenizar
esse nível de discrepância entre as pesquisas, Aldemir Freire elaborou
um agregador entre as quatro, ponderando seus respectivos resultados
pelo tamanho de suas amostras.
“O resultado dessa agregação foi
uma ‘pesquisa virtual’ com 4.722 entrevistas (seria a maior pesquisa já
realizada nessa campanha), com uma margem de erro de apenas 1,4%, menor
do que a margem de erro isolada de cada uma das pesquisas realizadas.
Essa pesquisa virtual captaria a realidade eleitoral do estado entre os
dias 12/09 e 21/09”, explicou.
Com base nessa média, o economista
afirma que, no período de referência da coleta (entre 12/09 e 21/09), a
senadora Fátima Bezerra tinha aproximadamente 35% das intenções de
votos, seguida por Carlos Eduardo Alves com 20%, Robinson Faria com 10% e
os demais candidatos somando cerca de 4%.
Ainda assim, porém, ainda não se pode dizer se haverá ou não segundo turno.
“Segundo
o meu agregador, Fátima Bezerra teria hoje 50,21% dos votos válidos do
estado. Um número que, em tese, levaria a uma vitória dela já no
primeiro turno. Todavia, se levarmos a margem de erro (1,4%) do
agregador em consideração, essa afirmação não pode ser realizada com
total segurança estatística. Segundo a margem de erro Fátima Bezerra
teria entre 48,8% e 51,6%”, afirmou.
(AgoraRN)
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