quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Para economista, Fátima pode estar a apenas 20 mil votos do 1º turno. Aldemir Freire se baseia no fato de que “todas as quatro pesquisas apresentam a candidata do PT em primeiro lugar, com praticamente o dobro de intenções de votos do segundo colocado'

ELEIÇÕES 2018: PESQUISA
 

O economista Aldemir Freire comparou à pedido do Agora RN os resultados das quatro últimas pesquisas eleitorais (Opine, Ibope, Certos e Setas) ao governo do RN divulgadas entre os dias 20 e 24 setembro.

Diante de resultados convergentes e discrepantes contidos nas quatro pesquisas, Freire concluiu que a senadora Fátima Bezerra, do PT, “pode estar a apenas pouco mais de 20 mil votos de distância da linha que separa o primeiro do segundo turno”.

E acrescenta: “pode ter 27 mil votos a mais que o necessário ou ter apenas 20 mil votos a menos, considerando os cerca de 2,37 milhões de eleitores do RN”.

Ele se baseia no fato de que “todas as quatro pesquisas apresentam a candidata do PT em primeiro lugar, com praticamente o dobro de intenções de votos do segundo colocado e cerca de três vezes os votos do terceiro”.

Outro cenário usado pelo economista nessa projeção está na regularidade em que os candidatos ocupam a segunda e a terceira posições nas quatro pesquisas.

Carlos Eduardo Alves está na vice-liderança em todas elas e o atual governador Robinson Faria permanece em terceiro lugar.

Mas o economista reconhece que, se na questão da ordem de colocação dos candidatos há uma ampla convergência, “os institutos divergem de forma razoavelmente acentuada e para além de suas respectivas margens de erro sobre o percentual de intenções de votos de cada candidato”.

Explica que as maiores divergências são encontradas especialmente entre dois institutos: o Ibope e o Seta.

“Comparando os resultados dos dois podemos ver que Fátima Bezerra varia de 30% a 39%; Carlos Eduardo Alves teria entre 16% e 25% e Robinson Faria pode ter de 10% a 13%. Essa amplitude de variação, sobretudo nos casos de Fátima e Carlos Eduardo, estão para muito além das respectivas margens de erro amostrais de cada pesquisa”, analisa.

A grande interrogação proposta nas quatro pesquisas é se haverá segundo turno no Rio Grande do Norte.

“No contexto dessas quatro pesquisas, temos o Ibope afirmando que haverá segundo turno, enquanto o Opine mostra números de que não haverá. Para ambos os institutos essas afirmações são feitas com base no fato de que o percentual de votos da senadora Fátima Bezerra está abaixo ou acima de 50%, respectivamente, para além das margens de erro”, analisa. “Já para os outros dois institutos não há como afirmar, estatisticamente falando, se haverá ou não segundo turno”, acrescenta.

Para tentar amenizar esse nível de discrepância entre as pesquisas, Aldemir Freire elaborou um agregador entre as quatro, ponderando seus respectivos resultados pelo tamanho de suas amostras.

“O resultado dessa agregação foi uma ‘pesquisa virtual’ com 4.722 entrevistas (seria a maior pesquisa já realizada nessa campanha), com uma margem de erro de apenas 1,4%, menor do que a margem de erro isolada de cada uma das pesquisas realizadas. Essa pesquisa virtual captaria a realidade eleitoral do estado entre os dias 12/09 e 21/09”, explicou.

Com base nessa média, o economista afirma que, no período de referência da coleta (entre 12/09 e 21/09), a senadora Fátima Bezerra tinha aproximadamente 35% das intenções de votos, seguida por Carlos Eduardo Alves com 20%, Robinson Faria com 10% e os demais candidatos somando cerca de 4%.

Ainda assim, porém, ainda não se pode dizer se haverá ou não segundo turno.

“Segundo o meu agregador, Fátima Bezerra teria hoje 50,21% dos votos válidos do estado. Um número que, em tese, levaria a uma vitória dela já no primeiro turno. Todavia, se levarmos a margem de erro (1,4%) do agregador em consideração, essa afirmação não pode ser realizada com total segurança estatística. Segundo a margem de erro Fátima Bezerra teria entre 48,8% e 51,6%”, afirmou.

(AgoraRN)

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