AGÊNCIA DE NOTÍCIAS/PARCEIRO - O candidato a Presidência da República, Fernando Haddad, acompanhado do candidato ao governo de São Paulo, Luiz Marinho, durante agenda de campanha realizada no Largo da Catedral, em Campinas, cidade do interior de São Paulo, na tarde desta terça-feira (25). Foto: Eduardo Carmim/Parceiro/Agência O Dia - Eduardo Carmim/Parceiro/Agência O Dia
Porto Alegre
- O candidato do PT à Presidência nas eleições 2018, Fernando Haddad,
criticou as recentes declarações de Hamilton Mourão (PRTB), vice de Jair
Bolsonaro (PSL), que chamou o 13º salário de "jabuticaba brasileira".
"Vai perguntar para ele se ele abre a mão do (13º salário) dele", disse
Haddad em comício na capital gaúcha, na noite desta quinta-feira, 27.
"Esses caras estão com a cabeça no século XIX. Abolimos
a escravidão e eles não acordaram para isso ainda. Abolimos a
escravidão formalmente e queremos abolir materialmente. Não queremos
mais fome, crianças fora da escola e postos de saúde sem remédio", disse
o petista para milhares de pessoas reunidas no Largo Glênio Peres, em
Porto Alegre.
O petista também criticou Bolsonaro e o tucano Geraldo
Alckmin por apoio à reforma trabalhista aprovada em 2017. "O governo de
Temer abriu a porteira para a retirada de direitos dos trabalhadores.
Isso o Alckmin defende, Bolsonaro defende, vários candidatos defendem",
disse o petista ao ser questionado por jornalistas depois de ato na
cidade de Canoas, região metropolitana de Porto Alegre, na tarde desta
quinta-feira.
O candidato participou de comício na Praça da Bandeira,
centro de Canoas. No local, e.le discursou de um carro de som para
centenas de apoiadores, e esteve acompanhado de sua vice, Manuela
D'Ávila (PCdoB), do candidato ao governo gaúcho Miguel Rossetto (PT) e
de outras lideranças do partido no Estado. Em seu discurso, Haddad
voltou a criticar Jair Bolsonaro. "Tem gente que quer arma numa mão e um
relho na outra. Nós queremos giz e livro", disse o petista comparando
as duas candidaturas.
Haddad também afirmou que "não foi com ditadura que o mundo se desenvolveu".
Bastante aplaudido, o candidato, em segundo lugar nas
pesquisas, disse estar confiante que terminará na frente. "Se nós, com
quinze dias de campanha estamos em segundo lugar, encostados no
primeiro, com mais quinze a gente passa", disse.
Em Porto Alegre, Haddad critica "mercado"
Haddad criticou os "pedidos por aceno ao mercado".
"Começaram a falar que eu tinha que fazer um aceno ao mercado. Eu
resolvi vir aqui, olhar para esse mercado bonito que vocês têm aqui",
disse o candidato referindo-se ao Mercado Público de Porto Alegre, que
fica ao lado do local do comício. O petista, contudo, emendou com uma
crítica. "O mercado virou uma entidade abstrata, que aterroriza o povo,
aterroriza as pessoas e aterroriza os trabalhadores", disse.
O candidato foi a Porto Alegre de Trensurb - trem
urbano federal que alimenta a região metropolitana da capital gaúcha.
Ele partiu da estação de Canoas do fim da tarde e desceu próximo ao
Largo Glênio Peres. Ao chegar na capital, o petista visitou o Mercado
Público, onde acenou para lojistas e recebeu apoio de religiosos de fé
de matriz africana, depois foi para o comício.
(por; Estadão Conteúdo)
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