sexta-feira, 28 de setembro de 2018

'Pergunta se ele abre mão do 13º dele primeiro', diz Haddad sobre Mourão. 'Esses caras estão com a cabeça no século XIX. Abolimos a escravidão e eles não acordaram para isso ainda. Abolimos a escravidão formalmente e queremos abolir materialmente', disse o petista em discurso

ELEIÇÕES 2018
 AGÊNCIA DE NOTÍCIAS/PARCEIRO - O candidato a Presidência da República, Fernando Haddad, acompanhado do candidato ao governo de São Paulo, Luiz Marinho, durante agenda de campanha realizada no Largo da Catedral, em Campinas, cidade do interior de São Paulo, na tarde desta terça-feira (25). Foto: Eduardo Carmim/Parceiro/Agência O Dia
 AGÊNCIA DE NOTÍCIAS/PARCEIRO - O candidato a Presidência da República, Fernando Haddad, acompanhado do candidato ao governo de São Paulo, Luiz Marinho, durante agenda de campanha realizada no Largo da Catedral, em Campinas, cidade do interior de São Paulo, na tarde desta terça-feira (25). Foto: Eduardo Carmim/Parceiro/Agência O Dia - Eduardo Carmim/Parceiro/Agência O Dia

Porto Alegre - O candidato do PT à Presidência nas eleições 2018, Fernando Haddad, criticou as recentes declarações de Hamilton Mourão (PRTB), vice de Jair Bolsonaro (PSL), que chamou o 13º salário de "jabuticaba brasileira". "Vai perguntar para ele se ele abre a mão do (13º salário) dele", disse Haddad em comício na capital gaúcha, na noite desta quinta-feira, 27.

"Esses caras estão com a cabeça no século XIX. Abolimos a escravidão e eles não acordaram para isso ainda. Abolimos a escravidão formalmente e queremos abolir materialmente. Não queremos mais fome, crianças fora da escola e postos de saúde sem remédio", disse o petista para milhares de pessoas reunidas no Largo Glênio Peres, em Porto Alegre.

O petista também criticou Bolsonaro e o tucano Geraldo Alckmin por apoio à reforma trabalhista aprovada em 2017. "O governo de Temer abriu a porteira para a retirada de direitos dos trabalhadores. Isso o Alckmin defende, Bolsonaro defende, vários candidatos defendem", disse o petista ao ser questionado por jornalistas depois de ato na cidade de Canoas, região metropolitana de Porto Alegre, na tarde desta quinta-feira.

O candidato participou de comício na Praça da Bandeira, centro de Canoas. No local, e.le discursou de um carro de som para centenas de apoiadores, e esteve acompanhado de sua vice, Manuela D'Ávila (PCdoB), do candidato ao governo gaúcho Miguel Rossetto (PT) e de outras lideranças do partido no Estado. Em seu discurso, Haddad voltou a criticar Jair Bolsonaro. "Tem gente que quer arma numa mão e um relho na outra. Nós queremos giz e livro", disse o petista comparando as duas candidaturas.

Haddad também afirmou que "não foi com ditadura que o mundo se desenvolveu".

Bastante aplaudido, o candidato, em segundo lugar nas pesquisas, disse estar confiante que terminará na frente. "Se nós, com quinze dias de campanha estamos em segundo lugar, encostados no primeiro, com mais quinze a gente passa", disse.

Em Porto Alegre, Haddad critica "mercado"

Haddad criticou os "pedidos por aceno ao mercado". "Começaram a falar que eu tinha que fazer um aceno ao mercado. Eu resolvi vir aqui, olhar para esse mercado bonito que vocês têm aqui", disse o candidato referindo-se ao Mercado Público de Porto Alegre, que fica ao lado do local do comício. O petista, contudo, emendou com uma crítica. "O mercado virou uma entidade abstrata, que aterroriza o povo, aterroriza as pessoas e aterroriza os trabalhadores", disse.

O candidato foi a Porto Alegre de Trensurb - trem urbano federal que alimenta a região metropolitana da capital gaúcha. Ele partiu da estação de Canoas do fim da tarde e desceu próximo ao Largo Glênio Peres. Ao chegar na capital, o petista visitou o Mercado Público, onde acenou para lojistas e recebeu apoio de religiosos de fé de matriz africana, depois foi para o comício.

(por; Estadão Conteúdo)

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