segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Marina Silva critica clima no País de “plebiscito entre a cruz e a espada.” Para a candidata, há necessidade de uma mudança cultural em todo o País. '(Tem que) acabar com essa história de 'rouba, mas faz'', disse ela

ELEIÇÕES 2018
 
 Candidata da Rede à Presidência, Marina Silva

A candidata à Presidência da República nas eleições 2018, Marina Silva (Rede), criticou o tom de violência usado por concorrentes durante a campanha. Para ela, o País precisa de união.

“Nós queremos um Brasil unido e a população brasileira tem uma grande responsabilidade. Não podemos permitir que as eleições se transformem em um plebiscito, uma escolha entre a cruz e a espada”, afirmou.

Em entrevista ao Estado, o presidente do DEM, ACM Neto, disse que o Centrão não jogou a toalha. Coordenador da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência, ele afirma que o atual quadro de dificuldades para o candidato tucano é fruto de uma “comoção” causada pelo atentado sofrido por Jair Bolsonaro (PSL), além da novela em torno da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de quem seria o herdeiro do espólio petista. “Agora, a eleição não pode ficar entre uma prisão e uma facada. Depois, não adianta chorar sobre o leite derramado”, disse o prefeito de Salvador.

Marina percorreu um trecho da Feira do Largo da Ordem, em Curitiba, na manhã de domingo, 23, por cerca de duas horas. Ela estava acompanhada do candidato a vice Eduardo Jorge, do candidato ao Senado Flávio Arns (Rede) e do postulante ao governo do Paraná Jorge Bernardi (Rede). A agenda da tarde inclui uma visita à Pastoral da Criança, coordenada por Zilda Arns – tia do candidato Flávio Arns – durante vários anos.

Sobre a disputa eleitoral, Marina voltou a citar o clima em que está o pleito e se colocou como a alternativa a isso. “(Contra) A cruz da corrupção e a espada que estimula o ódio e o preconceito, nós somos a mudança que o Brasil precisa, as coisas boas vamos preservar e as coisas erradas nós vamos reparar e punir”.

Para a candidata, há necessidade de uma mudança cultural em todo o País. “(Tem que) acabar com essa história de ‘rouba, mas faz’; rouba, mas é de direita; rouba, mas faz reformas; rouba, mas qualquer coisa, tem que fazer sem roubar, porque quando não rouba, se faz mais. Tem que acabar o estímulo à violência, o desrespeito, porque quando a gente está unido a gente faz mais e faz melhor”.

A candidata também afirmou que o País crescerá sob seu governo e o investimento prioritário será em educação. “6% do PIB já são investidos, vamos combater a corrupção e fazer o país crescer, mas com o que temos dá para fazer e muito melhor”, e citou planos de carreira para mais professores. “São 2 milhões que atendem a 50 milhões de crianças e adolescentes”, disse.

Além disso, garantiu também a criação de dois milhões de empregos em energia solar. “Vamos criar dois milhões de novos empregos em energia solar, um novo ciclo de prosperidade econômica e social”, afirmou.

 (Agência Estado)

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