ELEIÇÕES 2018
Fernando Haddad (PT), candidato à Presidência da República, durante
debate realizado pelo SBT, em Osasco (SP) - 26/09/2018 (Nacho
Doce/Reuters)
Embora o PT tenha sido criticado durante o debate do SBT pelo
candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, e pela
candidata da Rede, Marina Silva, o presidenciável petista, Fernando Haddad, fez acenos ao pedetista e à ex-ministra após o programa.
Sobre a declaração de Ciro de que “prefere” governar sem ter
o PT como aliado, Haddad afirmou a jornalistas que “essas coisas
mudam”. Caso vá ao segundo turno, possibilidade grande conforme as
pesquisas eleitorais, o ex-prefeito de São Paulo admitiu que “é lógico”
que vai buscar o apoio do pedetista.
Marina disse durante o debate que o governo do presidente Michel
Temer é responsabilidade dos petistas, que escolheram o emedebista como
vice da ex-presidente Dilma Rousseff, e descartou apoiar Haddad em um
possível segundo turno contra Jair Bolsonaro (PSL). O petista a rebateu e
lembrou que ela apoiou o impeachment em 2016.
Depois do encontro, contudo, o petista afirmou que o embate com a
ex-ministra não inviabilizaria um diálogo com ela. “Eu adoro a Marina”,
disse.
A entrada de Haddad na disputa eleitoral, substituindo o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esvaziou as intenções de voto
em Marina e brecou o crescimento de Ciro entre o eleitorado de esquerda,
sobretudo no Nordeste.
Em apenas duas semanas, Haddad passou a polarizar as pesquisas de
intenção de voto ao Palácio do Planalto com Bolsonaro. Segundo o
levantamento CNI/Ibope divulgado nesta quarta feira, Bolsonaro tem 27%
da preferência e o ex-prefeito paulistano, 21%. Ciro tem 12% da
preferência e a candidata da Rede, 6%.
Questionado por jornalistas após o debate no SBT sobre a declaração
de que descartaria o apoio do PT em um governo seu, respondeu que “é
claro que dá” pra governar sem o partido.
A respeito da polarizaçeja.com.br)ão entre petistas e bolsonaristas, Ciro se
disse “muito preocupado”. “Infelizmente eles [petistas] estão procurando
isso. Da forma como a burocracia do PT tem conduzido a coisa, está
criando esse fosso de praticamente ódio”, analisou.
“Vou me esforçar no limite do que eu puder, porque não vejo o Brasil
caminhando a bom porto se deixarmos isso se aprofundar do jeito que está
aí”, completou.
(Por
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