Letícia Mello e Marianna Fux. Imagens: Pedro Ladeira/Folhapress/Isaac Markman
Marianna Fux, 32, filha do ministro do STF Luiz Fux, é, para o governador do Rio, Sérgio Cabral, "respeitada e brilhante".
Para Ophir
Cavalcante, ex-presidente da OAB, o currículo de Letícia Mello, filha do
ministro do STF Marco Aurélio de Mello, "impressiona". Luis Roberto
Barroso, o mais novo ministro do STF, exaltou as qualidades da mesma em
carta enviada a desembargadores do TRF da 2ª Região.
A despeito de
inexperientes, tendo poucos anos de advocacia, as duas são as mais
cotadas para o preenchimento de vagas para o cargo de desembargador, no
Rio de Janeiro, que inclui salário de mais de R$25.000,00 e regalias
como gabinete de assessores, carro oficial, entre outros.
Segundo a Folha
de S. Paulo, o ministro Marco Aurélio de Mello procurou desembargadores
para tratar da indicação da filha, em lista tríplice, para o cargo. Sua
filha não tem cursos de pós-gradução, formou-se em uma universidade
pouco prestigiada e, no TJ do Rio, há menção a apenas cinco processos em
que teria atuado. Em defesa, Marco Aurélio afirmou: "É pecado (a
indicação)? É justo que nossos filhos tenham de optar por uma vida de
monge?".
Em
contrapartida, Marianna Fux é formada há mais tempo, mas não apresenta
nem mesmo uma pós-graduação, apenas curso de extensão universitária de
quatro meses. Teria atuado em apenas seis processos no Rio, sendo um
sobre extravio de bagagem.
Os casos
despertaram acusações de nepotismo e imoralidade no judiciário. Para o
advogado Marco Beckmann, "Acreditar que essas senhoras seriam indicadas
se não fossem filhas de quem são é digno de riso. Há advogados com
pós-doutorado, décadas de experiência e nome reconhecido no meio
jurídico que jamais foram".
(por:Carlos Barbosa/Folhapolitica.org)
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