domingo, 15 de outubro de 2017

Juíza que avalizou busca na casa de filho de Lula se diz enganada. Marta Pistelli afirma que pedido da Polícia Civil não identificava nome do morador e que policiais foram a dois endereços, quando ela havia autorizado só um

ENGANADA
 
 O delegado Rodrigo Luís Galazzo, que foi afastado pela Secretaria da Segurança Pública após ter feito buscas na casa de filho de Lula (Claudeci Junior/TodoDia Imagem//)
 Lula e seu filho, Marcos Cláudio Lula da Silva, na inauguração do comitê de Marcos, candidato a vereador pelo PT em São Bernardo
 Lula e Marcos Cláudio Lula da Silva, na inauguração do comitê do filho, candidato a vereador pelo PT em São Bernardo em 2016 (Fabio Braga/Folhapress/VEJA)


Na manhã da terça-feira 10, o delegado da Polícia Civil de Paulínia (SP), Rodrigo Luís Galaz­zo, acompanhado de três investigadores armados, tocou a campainha da casa em que mora o filho adotivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o psicólogo e ex-­vereador Marcos Cláudio Lula da Silva – ele é filho do primeiro casamento da ex-primeira-dama Marisa Letícia, que morreu em fevereiro deste ano.

Procurava “drogas e armamento pesado”, informação que lhe chegara por meio do Disque-Denúncia e cuja veracidade o policial não se deu ao trabalho de checar de outra forma. Mesmo sem nada encontrar, o delegado e sua equipe acharam por bem não sair do local de mãos abanando. Levaram então dois computadores, CDs, DVDs e pen drives que encontraram na casa — e ainda foram para um segundo endereço, onde também não acharam nada.

No dia seguinte, a juíza que autorizou a busca e apreensão, Marta Pistelli, determinou que todos os objetos fossem devolvidos e se disse “enganada” pelos policiais. Afirmou que o pedido de busca não identificava o morador da residência e que autorizara que a polícia visitasse apenas um local, e não dois.

(Por Ullisses Campbell/Veja.Abril.com.br)

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