LAVAGEM DE DINHEIRO: INVESTIGAÇÃO EM GOIÁS
O grupo que fraudou o Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016 teria enviado pelo menos 35
milhões de euros (R$ 132 milhões) em remessas ao exterior, segundo
investigação da Polícia Civil de Goiás. Os envolvidos no esquema, que
vem sendo chamado de Máfia dos Concursos, foram presos na segunda-feira
(31). Com isso, os criminosos poderão responder também pelos crimes de
evasão de divisas e de lavagem de dinheiro.
“Milhões de euros teriam sido remetidos ao exterior. A investigação
trabalha para provar essa suspeita”, disse o delegado André Bottesini,
da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração
Pública de Goiás (Dercap), ao site Metrópoles.
A quadrilha cobrava, em média, 20 vezes o salário mensal do cargo - as
vagas mais concorridas chegavam a custar R$ 400 mil. Depois de
aprovados, os contratantes costumavam solicitar empréstimos consignados
para quitar a dívida.
Para conseguir burlar as provas os criminosos tinham várias
estratégias: uso de cola por ponto eletrônico, celular escondido no
banheiro, ou mesmo até na troca de gabaritos, com auxílio de um servidor infiltrado.
Um dos presos na operação é Ricardo Silva do Nascimento, ex-servidor
da Fundação Universidade de Brasília e cedido ao Centro Brasileiro de
Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe). Ele
foi pego vasculhando um cofre em busca de cadernos de provas pelo
sistema interno de vigilância do prédio.
Segundo a assessoria do Cebraspe,
o desligamento de Nascimento ocorreu em 20 de março de 2017, mais de um
mês depois do incidente. O advogado da instituição, Marcus Vinícius
Figueiredo, informa que a instituição colabora com as investigações,
também conduzida pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco),
da Polícia Civil do Distrito Federal.
( por Notícias Ao Minuto)
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