ELEIÇÕES NO MÉXICO
Andres Manuel López Obrador, candidato à Presidência do México, vota nas eleições (01/07/2018) (Alexandre Meneghini/Reuters)
O esquerdista Andrés Manuel López Obrador, do Movimento Regeneração Nacional (Morena), venceu as eleições presidenciais do México com folgada diferença sobre seus oponentes, de acordo com pesquisas de boca de urna.
Os dados preliminares do Instituto Nacional Eleitoral (INE),
com base nas primeiras atas, dão a López Obrador 42,8% dos votos, a
Ricardo Anaya, do conservador Partido Ação Nacional (PAN), 29,3%, e a
José Antonio Meade, do governista Partido Revolucionário Institucional
(PRI), 18%.
Pesquisa divulgada pela TV Azteca dá a López Obrador 51% dos
votos, seguido por 23% de Anaya e 18% de Meade. Já o instituto Consulta
Mitofsky atribui a López Obrador entre 43% e 49% dos votos.
Em entrevista coletiva, Meade reconheceu que as “tendências não
favorecem” o PRI. “Andrés Manuel López Obrador foi quem obteve a maioria
(…). Pelo bem do México, desejo que ele tenha o maior sucesso”, disse o
candidato em seu QG de campanha.
Anaya também reconheceu a derrota. “A informação de que disponho
revela que a tendência favorece Andrés Manuel López Obrador. Falei com
ele há alguns minutos (por telefone) para reconhecer sua vitória e desejar o maior sucesso pelo bem do México”, declarou Anaya.
Caso os levantamentos de boca de urna se confirmem, o resultado
indica a sensível queda dos governistas do PRI no pleito, afetados por
um mandato de Enrique Peña Nieto (2012-2018), que foi marcado pelos
escândalos de corrupção e uma onda de violência.
As eleições foram ofuscadas pela campanha eleitoral mais violenta da
história recente do México, com pelo menos 145 políticos assassinados
desde setembro (48 eram pré-candidatos, ou candidatos). Um número
significativamente maior do que o registrado em 2012, quando nove
políticos e um candidato foram assassinados.
Neste domingo, uma militante do Partido do Trabalho (PT) e um membro do governista PRI foram assassinados no país.
A disputa eleitoral contou com observadores da Organização de Estados
Americanos provenientes de 23 países e a vigilância de policiais e
militares em todo país.
(Com AFP e EFE)
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