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Câmara pode concluir votação do texto que autoriza Petrobras a transferir exploração de áreas do pré-sal
Na primeira semana de julho e a 15 dias do recesso parlamentar, que
começa no próximo dia 18, o Plenário da Câmara dos Deputados pode
concluir a análise do Projeto de Lei 8939/17, que permite à Petrobras
transferir as outras petroleiras, parte de seus direitos de exploração
de petróleo do pré-sal na área cedida onerosamente pela União.
Os
deputados precisam votar os últimos destaques apresentados ao texto. De
autoria do deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), a proposta permite a
comercialização de até 70% desses direitos. As informações são da
Agência Câmara.
Em 2010, com a Lei 12.276/10, a União vendeu
diretamente a sua estatal, sem licitação, uma área na Bacia de Santos
(SP) ao valor de R$ 74,8 bilhões. Essa cessão para a Petrobras é
limitada até se alcançar a extração de cinco bilhões de barris
equivalentes de petróleo.
O texto-base aprovado, na forma do
substitutivo do deputado Fernando Coelho Filho (DEM-PE), define ainda
critérios para a revisão do contrato de cessão onerosa entre a União e a
Petrobras.
Entre os destaques, um do PSB pretende manter na lei o caráter intransferível da cessão onerosa.
Municípios
Outro
assunto a ser votado é o Projeto de Lei Complementar (PLP) 137/15, do
Senado, que regulamenta o desmembramento e a fusão de municípios. A
proposta precisa do apoio de um mínimo de 257 deputados para ser
aprovada. Hoje, o Brasil tem 5.570 municípios.
Conforme o texto,
os plebiscitos realizados até 31 de dezembro de 2013, e os atos
legislativos que autorizam sua realização serão validados para dar
prosseguimento aos casos pendentes.
Entretanto, há resistência de
alguns partidos a esse dispositivo, pois ele permitiria a criação de
municípios sem as regras previstas no projeto, mais restritivas.
Além
de plebiscito, a proposta prevê a realização de estudos de viabilidade
com vários critérios financeiros, um número mínimo de habitantes no novo
município e uma quantidade mínima de imóveis.
O texto é igual ao do PLP 397/14, um dos dois projetos sobre o tema vetados anteriormente pela então presidente Dilma Rousseff.
Vetos
Em
sessão do Congresso Nacional, marcada para as 19 horas de terça-feira
(3), os parlamentares poderão votar dois vetos pendentes de análise. Um
deles, é o veto total ao Projeto de Lei 7944/14, do deputado Alceu
Moreira (MDB-RS), que torna federal um trecho de rodovia entre os
municípios de Bom Jesus (RS) e Bom Retiro (SC).
O segundo veto
destacado para votação pelo painel eletrônico pretende retomar partes da
Medida Provisória 810/17, que prorroga o prazo para empresas de
tecnologia investirem em pesquisa e desenvolvimento (P&D) recursos
obtidos com renúncia tributária.
O dispositivo vetado que vai a
voto permite a destinação de até 20% dos gastos em P&D para despesas
com administração, além de chancelar o uso dessa renúncia tributária em
compra, implantação, ampliação ou modernização de infraestrutura física
e de laboratórios de pesquisa.
A justificativa do veto indica que
dispêndios em administração não têm relação direta com investimentos em
pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Cadastro positivo
Com
texto principal aprovado no começo de maio, o projeto sobre o cadastro
positivo obrigatório (Projeto de Lei Complementar 441/17) também está
pendente de votação dos destaques apresentados pelos partidos.
A
matéria está pautada para quarta-feira (4). Os dois principais destaques
pretendem manter o cadastro positivo como uma opção do consumidor e
evitar o envio de informações financeiras aos gestores de banco de dados
sem quebra de sigilo bancário. Eles são de autoria do PT e do Psol.
O
cadastro positivo já existe (Lei 12.414/11), mas é optativo. Com a
obrigatoriedade proposta pelo substitutivo do relator, deputado Walter
Ihoshi (PSD-SP), os gestores de bancos de dados terão acesso a todas as
informações sobre empréstimos quitados e obrigações de pagamento que
estão em dia.
Esses dados serão usados para se encontrar uma nota de crédito do consumidor, que poderá ser consultada por interessados.
Os
defensores da obrigatoriedade de participação argumentam que a medida
ajudará a baixar os juros finais aos consumidores. Já os contrários
dizem que o acesso aos dados aumentará a chance de vazamento de
informações, caracterizando quebra de sigilo.
Renúncia de receita
Ainda
na quarta-feira, às 9h05, os deputados realizam comissão geral para
debater a concessão e a revogação de incentivos e benefícios de natureza
tributária, financeira, creditícia ou patrimonial, dos quais decorra
renúncia de receita ou aumento de despesa.
Urgências
Em
relação aos pedidos de urgência pautados, destaca-se o que pede o novo
regime de tramitação para o Projeto de Lei 10332/18, do Executivo, cujo
objetivo é viabilizar a privatização de seis distribuidores de energia
controladas pelas Eletrobras.
O texto aproveita dispositivos da
Medida Provisória 814/17, que tinha o mesmo objetivo e que perdeu a
validade sem ter sido votada. As seis distribuidoras que serão colocadas
à venda são: Amazonas Energia, Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron);
Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre); Companhia Energética de
Alagoas (Ceal), Companhia de Energia do Piauí (Cepisa) e Boa Vista
Energia, que atende Roraima.
Outro requerimento de urgência
pautado é para o Projeto de Lei Complementar (PLP) 270/16, do Senado,
que permite aos municípios receberem transferências voluntárias, obterem
garantia e contratarem operações de crédito mesmo sem reduzir despesas
com pessoal caso estejam acima dos limites da Lei de Responsabilidade
Fiscal.
A exceção é para situação de queda de receita superior a
10% devido à diminuição de repasses do Fundo de Participação dos
Municípios (FPM) por causa de isenções tributárias da União e à
diminuição das receitas recebidas de royalties e participações
especiais.
(Fonte: Notícias ao Minuto)
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