
Professor da UFRN, Carlos Alberto tem 50 anos e conhece gestão pública
Uma alternativa política realmente nova e comprometida com a retomada do desenvolvimento social e econômico do Rio Grande do Norte. É dessa maneira como se apresenta o professor Carlos Alberto Medeiros, candidato a governador pelo PSOL nas eleições deste ano. Em quarto lugar nas pesquisas de intenção de voto, o candidato quer fazer frente ao que classifica como “velha política”, representada pelos demais candidatos. Ele aposta no projeto para convencer o eleitorado indeciso, estimado em 1 milhão de pessoas no Estado.
Doutor em Administração e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) há vinte anos, Carlos Alberto propõe um novo processo político no Estado, o que inclui a adoção de medidas de gestão totalmente inovadoras, que melhorem a oferta de serviços para a população e recuperem as capacidades de investimento tanto do poder público quanto da iniciativa privada. Na opinião do candidato, o Rio Grande do Norte assiste a um processo de falência do serviço público e à decadência do desempenho econômico. “Nada funciona no Estado. Somos, reconhecidamente, o estado mais inseguro; nossa educação é a segunda pior do País; para 86% dos potiguares, a saúde é o principal problema; e nosso desempenho econômico é ruim”, observa.
A principal causa desses problemas, afirma Carlos Alberto, foi uma sequência de práticas danosas implementadas por grupos políticos que comandaram o Estado principalmente nas duas últimas décadas. Carlos Alberto acredita que, para reverter essa situação, é preciso inicialmente profissionalizar a gestão. Ele prevê, caso eleito, cem dias de “arrumação da casa”. Entre as medidas iniciais, ele propõe a realização de uma auditoria nos quadros do funcionalismo e a formação e capacitação de equipes para planejar e elaborar projetos para o governo.
O professor sugere também uma redução gradativa da carga tributária para estimular o consumo. Uma de suas propostas é a diminuição de ICMS sobre a eletrificação rural, o que afeta a produção no campo. O programa de governo de Carlos Alberto sugere a adoção de uma série de medidas para que setores industriais hoje dizimados retomem sua força. A escolha dos segmentos beneficiados com incentivos, explica o professor, será estratégica. Segundo o candidato do PSOL, haverá apoio a indústrias que atendam a pelo menos um de dois requisitos: geração de empregos em quantidade ou produção na qual o Rio Grande do Norte tenha vantagem competitiva em relação a outros estados ou países.
Dentro do primeiro requisito, Carlos Alberto cita os setores industriais de calçados, abate de animais e a agroindústria – que, segundo o professor, precisa ser mais incentivada no Estado. Quanto ao segundo requisito, se enquadram segmentos como o de confecções e a agricultura (o RN é, por exemplo, o maior exportador de frutas do País). O professor Carlos Alberto acredita que, com a redução paulatina de impostos para esses e outros setores, o poder de consumo das famílias potiguares seria ampliado – o que geraria maior demanda por produtos e, por tabela, incentivaria a retomada industrial. “Seria um círculo virtuoso”, explica.
Para não desequilibrar ainda mais as finanças do Estado, já que propõe uma redução da carga tributária, Carlos Alberto Medeiros aponta para uma ação intensa de contingenciamento de despesas desnecessárias e, em paralelo, um sistema para combater a sonegação.Ele promete adotar, caso eleito, o máximo de transparência nos processos de compra da gestão pública, convocando observadores sociais para acompanhar o gasto do dinheiro do contribuinte. “Em outros estados, isso reduziu as despesas entre 25% e 40%”. Poderíamos economizar cerca de R$ 1 bilhão por ano”, argumenta.
Na área da previdência, a proposta do professor Carlos Alberto é, em vez de armazenar recursos em aplicações, utilizar parte da contribuição dos servidores da ativa em investimentos para melhorar a vida dos potiguares, como obras de infraestrutura nas mais diversas áreas.Em contrapartida, ele sugere a cessão de ativos imobiliários para o sistema previdenciário – de modo que o rendimento ou venda futura dos bens (terrenos, prédios) sirva para pagar benefícios posteriores.
De acordo com o professor Carlos Alberto, a organização das contas públicas e o estímulo ao empreendedorismo vão melhorar a capacidade de investimento do ente público e também de organizações privadas.Para colocar o plano em prática, ele conta com a experiência de estudar o assunto há três décadas e não ter compromissos eleitorais. “Eu sei o caminho e meu compromisso é com o povo, para lhe devolver uma vida digna”, conclui o candidato.
(AgoraRN)
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