PRIMEIRO-MINISTRO DE ISRAEL
Primeiro Ministro Israelense, Benjamin Netanyahu durante encontro
semanal em seu escritório em Jerusalem - 15/04/2018 (Gali
Tibbon/Pool/Reuters)
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deverá participar da cerimônia de posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro,
de acordo com a Embaixada de Israel. A informação veio um dia depois de
a própria embaixada informar que ele viria nesta semana ao Brasil, mas
provavelmente não ficaria até o dia 1º por problemas na política interna
de seu país. Netanyahu teria mudado de ideia nesta quarta-feira, 26.
Bolsonaro usou sua conta no Twitter para informar que vai se reunir
com o israelense na sexta-feira, dia 28. Eles vão almoçar juntos no
Forte de Copacabana, no Rio.
Israel é um parceiro estratégico para o novo governo do Brasil.
Também pelo Twitter, Bolsonaro informou que, em janeiro, o futuro
ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, visitará estações de
dessalinização de água, plantações e o escritório de patentes de Israel.
“A parceria Brasil-Israel que beneficiará o nosso Nordeste está muito
bem encaminhada”, escreveu o presidente eleito.
Uma estação piloto, que atenderá à agricultura familiar, deve estar em
operação ainda em janeiro, afirmou Bolsonaro. Também poderá ser usada
tecnologia para extrair água da umidade do ar. “Poderemos, inclusive,
negociar a instalação de fábrica no Nordeste para venda desses
equipamentos no nosso mercado”, disse.
Durante a campanha, Bolsonaro prometeu mudar a embaixada do Brasil de
Tel-Aviv para Jerusalém, reconhecendo a reivindicação de Israel sobre a
cidade. O anúncio causou polêmica no Brasil e na própria equipe do
futuro governo, uma vez que ela se choca com o posicionamento dos países
árabes, que apoiam Israel, e com deliberações da ONU. Os países árabes
são um mercado de US$ 13 bilhões por ano e importam principalmente
produtos do agronegócio como açúcar e carnes.
A vinda de Netanyahu está sob ameaça porque os líderes dos partidos
da coalizão governista fecharam um acordo para dissolver o Parlamento e
realizar novas eleições em abril do próximo ano. Essa medida foi
necessária depois que a coalizão não conseguiu apoio para aprovar uma
legislação que convoca judeus ultraortodoxos para o serviço militar.
O atual primeiro-ministro vai concorrer a um novo mandato e, segundo
as pesquisas, é líder na intenção de votos. Seu mandato acabaria em
novembro de 2019. Ele está há uma década no poder.
(Por
Estadão Conteúdo)
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