AJUSTE
© Cesar itiberê/PR
O ministro da Segurança
Pública, Raul Jungmann, confirmou que o presidente Michel Temer excluirá
crimes de corrupção do indulto natalino deste ano, conforme antecipou a
Coluna do Estadão.
Segundo o ministro, o decreto será assinado até
sexta-feira, dia 28. A decisão foi acertada na noite de quarta-feira,
26, durante reunião no Palácio do Planalto.
Jungmann afirmou ainda que o texto deixará de fora crimes contra a
administração pública e crimes sexuais contra crianças. "Precisa cumprir
requisitos de tempo de pena cumprida e bom.
comportamento. Os requisitos
são bem rigorosos se comparados aos anteriores", disse ele ao
Estadão.
Nesta semana, Temer mudou de ideia e decidiu que vai conceder o
benefício a presidiários mesmo sem o Supremo Tribunal Federal ter
concluído julgamento sobre o decreto do ano passado, contestado pela
Procuradoria-Geral da República.
Temer vai acatar pedido feito
pelo defensor público-geral federal em exercício, Jair Soares Júnior.
Ele solicitou que o decreto seja editado para este ano, alegando que o
Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo. "A Defensoria
Pública da União entende que a não edição do decreto de indulto
agravará sobremaneira o estado de coisas inconstitucionais vivenciado no
sistema carcerário."
Mais cedo, o ministro do Supremo Marco Aurélio Mello afirmou que o
instrumento é tradicional no País. "O indulto é uma tradição no Brasil e
eu não sei por que nós não concluímos o julgamento da Adin (ação direta
de inconstitucionalidade) que impugnou o anterior, de 2017. Agora
precisamos pensar nas verdadeiras panelas de pressão que são as
penitenciárias brasileiras", disse Marco Aurélio.
(As informações são do
jornal O Estado de S. Paulo)
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