quinta-feira, 31 de julho de 2014

ACIDENTE NA RN-118 ESTRADA DE IPANGUAÇU

ACIDENTE




No inicio da tarde de ontem 30 de julho por volta das 13:hs dois veículos desceram o aterro da referida RN.

Segundo as primeiras informações são que possivelmente teriam tentado livrar um buraco da pista de rolamentos.

Não temos a identificação dos condutores, haja vista que o setor policial esta muito movimentado em Assu e região do vale. no acidente foi registrado apenas danos materiais.

CERAMICA DO VALE DO ASSU É ALVO DE ASSALTO NA TARDE DE ONTEM [30]

ASSALTO


Na tarde de hoje 30 de julho por volta das 15:30hs policiais foram informados de um assalto a uma cerâmica que fica na RN-118 estrada de Ipanguaçu, próximo a comunidade das Pedrinhas, cerâmica de Gilson Sergipano.

Segundo informações são que dois elementos teriam chegado à cerâmica armados anunciado o assalto, levando dinheiro, cordão de ouro e outros pertences das vitimas que se encontravam no local.

Após o ato delituoso os meliantes saíram em uma moto cor de vinho ou vermelha com destino a RN-118 sentido Ipanguaçu, várias viaturas policiais realizam diligências no intuito de localizar os meliantes.

Ainda de acordo com as informações, a numeração da placa da moto é 8847, se você tiver informações que possa ajudar a polícia ligue 190.

PM DE MACAU, O TRABALHO CONTINUA.

MACAU
O GTO Macau ao comando do cap. Sidicley, prenderam o casal Leonardo Maciel Gonzada de Assis e Magólia Karine Bezerra da Costa(vulgo Karina) , acusados de trafico de drogas, os dois já estavam sendo monitorados pelo serviço de inteligência da PM, por conta de diversas denuncias.

O GTO realizava patrulhamento pela rua Açu no porto de são Pedro, quando avistou Leonardo entrando em uma conhecida como “vila de Raimundo”, em atitude suspeita, rodeado de usuários de drogas, o mesmo ao ser abordado confessou esta de posse de certa quantidade de droga guardado em sua casa que fica localizado entre a rua Parelha e a rua Caicó.
Ao perceber a aproximação da viatura, a sua companheira Karine tentou empreender fuga, sendo perseguida até sua residência.

Na casa dos detidos, os policiais encontraram uma moto fan de placa NOH 1225, de cor preta e 132g de droga, do tipo (maconha), embrulhado em uma sacola plástica.

Ainda durante a prisão do casal, o Leonardo que já respondia por 155 (furto) afirmou que tanto a droga quanto a moto, pertenciam a  outro suspeito por trafico de drogas, Cides Oliveira de Andrade que foi preso pelo GTO Macau no dia 17, os dois foram conduzidos para a 5ª DRP de Macau.(GTO Macau).

QUADRILHA ARROMBA LOJA DA REDE UNILAR DE SANTA CRUZ E É PRESA NA OPERAÇÃO DIVISA SEGURA EM JAÇANÃ

POLÍCIA



Uma quadrilha especializada em arrombamentos foi presa na madrugada por volta das 02h30, após uma ação criminosa em um estabelecimento localizado na área central de Santa Cruz. 

Os suspeitos foram detidos pela Polícia Militar entre as cidades de Jaçanã RN e Nova Floresta PB na Operação Divisa Segura. 

Trata-se de Wallace de Oliveira Araújo, 25 anos, natural de São Paulo, Anderson Alves Carvalho, 23 anos, Natural de Campina Grande, Emerson Marques da Silva, 18 anos, Natural de Campina Grande, todos residentes em Campina Grande PB, ambos haviam arrombado uma loja da rede Unilar em Santa Cruz, e com a participação de um menor das iniciais I. M. S. de 15 anos residente em Santa Cruz e enteado do vigia da Unilar, de onde furtaram 08 televisores de LCD, 10 Câmeras fotográficas, 92 celulares além de outros produtos eletrônicos avaliados inicialmente em mais de 50 mil reais.

Após o arrombamento, os ladrões fugiram com a mercadoria furtada em um veículo tipo Corsa Sedan Preto de placas NOG 2964 de Campina Grande que foi abordado no município de Jaçanã, já próximo a divisa do estado da Paraíba pelos PMs, Tenente Diego, Cabo Izidro, Sds. Aucides e Araújo com apoio do GTO de Santa Cruz sob o comando do Sgt. Emanoel. 
Os detidos e todos os equipamentos já recuperados encontram-se na 9ª DRP de Santa Cruz.(Policia ,militar de santa Cruz).

VEJA VIDEO: HOMEM SURTA E ENTRA PELADO COM CARRO DENTRO DE UMA CONCESSIONÁRIA

HOMEM PELADO
O caso foi registrado na tarde de ontem quarta-feira (30), em Teófilo Otoni. Empresário foi medicado na UPA e prestou depoimento na delegacia.
O surto de um empresário resultou em prejuízos para o dono de uma concessionária de veículos de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. O homem que estava nú foi detido após destruir vários carros. Pelo menos seis carros zero quilômetro foram danificados e duas vidraças ficaram estilhaçadas. 
A destruição foi provocada por um homem que teria surtado. Quando a Polícia Militar chegou ao local, o homem, de 46 anos e seria empresário na cidade de Malacacheta, já havia sido imobilizado. O estudante Phillype Celestino fez imagens com o celular e mostrou parte da ação. 
O vídeo começou a ser registrado após o momento em que o homem invadiu a loja com uma caminhonete. Ele aparece já fora do carro e sem roupa. “Em seguida ele voltou para o carro e acelerou em direção aos veículos parados do lado de fora. Depois que ele bateu, e ainda tentou acelerar novamente e empurrar os carros. Em seguida ele deixou o veículo e foi amparado por pessoas que passavam pelo local. 
Alguns tentaram conversar e para tentar entender o que acontecia. No fim ele vestiu uma calça”, conta o estudante. 

O empresário foi medicado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Teófilo Otoni e prestou depoimento na delegacia. Ele pode responder por danos ao patrimônio particular. A caminhonete que ele dirigia foi apreendida e levada para o pátio do Detran.

Homem surta e entra pelado com carro dentro de uma concessionária

Fábio afirma que poderio de Henrique é grande, mas não reflete no eleitorado. Filho de Robinson Faria acredita que apoios anunciados ao PMDB não garantem vitória a Henrique

SÓ FACHADA

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O deputado federal Fábio Faria (PSD), que disputa a reeleição e apoia a candidatura do seu pai, Robinson Faria (PSD), ao Governo do Estado, afirmou que nestas eleições está acontecendo um fenômeno muito interessante: as adesões conquistadas pelo candidato do PMDB a governador, Henrique Alves, não estão se refletindo na melhoria das intenções de voto do peemedebista nas pesquisas.

“Tenho visto hoje uma campanha que ainda está muito no começo, as pessoas ainda não estão no clima de campanha, uma vez que só aumenta o interesse quando começa o guia eleitoral, no dia 19 de agosto. Há uma campanha muito forte na parte das alianças, apoios, adesões, e o que tem sido analisado nas pesquisas qualitativas é que está acontecendo um fenômeno no RN. Há cidades onde tem grandes adesões, onde o poderio econômico é muito grande, do nosso adversário, e que tem algumas adesões de pessoas no interior, mas que não reflete na população. Portanto, acho que essa será uma eleição atípica, onde vai se quebrar o mantra. Vai ser uma eleição onde a população que foi às ruas ano passado, insatisfeita protestar, vai dar troco nas urnas em outubro. Às vezes, quanto mais político no palanque, maior a rejeição da população”, avaliou Fábio, em entrevista ao Jornal de Hoje.

Fábio afirma que as pesquisas internas apontam para um favoritismo de Robinson Faria na disputa pelo governo. “As nossas pesquisas mostram um favoritismo para a nossa candidatura. Mostra que o povo quer mudança. Apesar do PMDB querer mostrar que é a mudança numa coisa forçada, que virou até meme na internet. O PMDB com programa sobre mudança é hilário. Com exceção do governo de Agripino, o PMDB participou de todos os governos nos últimos 40 anos no RN”, afirma.

De acordo com o parlamentar federal, o fato é que não existe mudança, não existe renovação. “Vejo hoje, primeiro, uma grande indefinição. A população está solta. Tanto na capital quanto no interior do Estado. Existe um descolamento muito grande da população com os seus líderes, seja estadual ou municipal. E também há um engajamento maior das pessoas em relação à política. Aquelas pessoas que não gostavam de política, não se interessavam por política, agora sabem que, para mudar, precisa que se interessem e que elas votem. Então vai ser um interesse muito grande nessa eleição, de análise de cada candidatura, na hora de votar. E acho que, na minha opinião, isso favorece muito a candidatura de Robinson e de Fátima”.

“Pelo tamanho do palanque, Henrique era para estar eleito”
Fábio questiona o favoritismo de Henrique, afirmando que, pelo tamanho do palanque do adversário, o peemebista era para ter no mínimo 50% nas pesquisas de intenção de voto. “Henrique tem 80% dos deputados federais apoiando ele, 80% dos deputados estaduais apoiando ele, 70% dos prefeitos apoiando ele, e está patinando na faixa dos 30 e pouco por cento nas pesquisas. É muito estranho. Veja outros estados. Em São Paulo, Alckmin tem maioria dos apoios no parlamento e já passou dos 50%.
Eunício Oliveira, no Ceará, tem a maioria dos apoios na Assembleia e Câmara Federal e já passou de 50%. Veja que os candidatos em outros estados que têm ampla aliança estão todos na faixa de 50% ou 60%, e isso é o mais sintomático. Henrique era para ter uma eleição com diferença enorme, mas não é isso que está acontecendo”.

Fábio comenta que outro fato dessas eleições que favorece a candidatura de Robinson é a divisão política nos municípios. “Mesmo que Henrique leve diferença, tem cidade que quem é verde é verde, quem é vermelho é vermelho. E mais: já sofreram muito com o PMDB e não vão acompanhar.

Ele continua: “Temos recebido muitas adesões espontâneas, querendo fazer campanha propositiva, querendo discutir o RN. O governador Robinson está preparado para discutir o RN, faz quatro anos que percorre todas as cidades do RN, conversando com eleitores, sabendo das deficiências, e tem isso tudo montado. Espero que seja uma campanha propositiva. Estamos muito tranquilos”, concluiu.

Polícia Civil elucida homicídio de Paulo Wytayron e mantêm “André Vovô” preso. As investigações concluíram que André “Vovô” agiu criminosamente por motivo banal

POLÍCIA

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A equipe da Polícia Civil de Assú concluiu nesta terça-feira (29) as investigações sobre o homicídio de Paulo Wytayron Gomes dos Santos, 27 anos. O crime cometido por André Fernandes Alves do Nascimento, 24 anos, conhecido como André “Vovô”, ocorreu na Barraca Peixada do Rio, localizada na comunidade Entre Rios, zona rural do município, no último dia 19 de abril.

As investigações concluíram que André “Vovô” agiu criminosamente por motivo banal ao confundir a vítima como acompanhante de um inimigo seu que se encontrava no mesmo local. Ao indagar a Paulo sobre o paradeiro de seu inimigo, não obtendo resposta, André “Vovô executou com três tiros a queima roupa Paulo, que veio a óbito no local do crime.

Diante do crime e das circunstâncias de brutalidade André “Vovô”, teve a prisão temporária decretada e foi indiciado pelo crime de Homicídio Qualificado.

Delegada espera que a população denuncie os casos de agressão às crianças. Atualmente, aproximadamente 80 inquéritos estão instaurados na DCA. Todos por violência sexual e registrados em 2014

COLABORE

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Combater os crimes contra crianças e adolescentes sempre é um dos principais focos nos discursos dos responsáveis pela segurança pública. Na semana passada, a delegada Rossana Pinheiro assumiu a titularidade da Delegacia da Criança e do Adolescente de Natal (DCA). Mesmo com pouco tempo na pasta, ela já identificou qual o principal problema que terá que superar para conseguir combater a violência contra os menores.

“O nosso maior desafio será transformar os casos em denúncias efetivas. Nós temos muitas situações de subnotificações. Na grande maioria dos casos as vítimas são crianças, que são vulneráveis e muitas vezes não conseguem procurar a polícia sozinhas. Fica muito claro nos discursos das pessoas que vêm aqui que elas sabem de outros casos. Porém, quando nós vamos procurar, não achamos nenhum boletim de ocorrência sobre aquela situação. Isso é o que precisa mudar”, frisou.

Segundo Rossana, um dos motivos para que a população não faça denúncias é que os crimes, na maioria das vezes, acontecem dentro de casa. “Prioritariamente a violência é doméstica, mas acontece contra vulneráveis. Dentro de casa as pessoas de fora não vêm o que está acontecendo e isso atrapalha bastante na nossa investigação, já a própria família tem receio de fazer alguma denúncia”.

Atualmente, aproximadamente 80 inquéritos estão instaurados na DCA. Todos por violência sexual e registrados em 2014. “Quando a questão é de agressão, é feito um Termo Circunstancial de Ocorrência e o caso é resolvido mais rapidamente. Já quando é violência sexual, o inquérito é instaurado. Na maioria das vezes quem faz esse abuso é um pai, primo, irmão ou padrasto. Muitas vezes a mãe sabe e não faz nada, pois ela também é ameaçada ou concorda. Mas ao não fazer nada, a mãe se torna coautora do crime. Se não houver testemunhas para denunciar, a situação fica complicada para todo mundo”, explicou a delegada.

Em relação ao que encontrou em termos de estrutura da DCA, Rossana disse que irá conversar com o Governo para tentar melhorar o local, principalmente no efetivo. “Em comparação com outras delegacias, a DCA está até em uma boa condição. Porém, atualmente temos apenas 10 pessoas no efetivo. O ideal é que esse efetivo seja, pelo menos, dobrado. Vinte pessoas trabalhando na delegacia seria um número ideal para fazer o trabalho que eu estou almejando aqui na DCA”.

Crianças vítimas de colisão na RN-118 passam bem; mãe morreu na hora. A Polícia Civil, responsável pelo inquérito que apura a responsabilidade do acidente, ainda não repassou informações sobre a situação do motorista do Corsa

TRAGÉDIA

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Passam bem as crianças que ficaram feridas após uma colisão envolvendo um Corsa e um Fiat na manhã desta segunda-feira (28) na RN-118. O acidente, que aconteceu entre os municípios de Jucurutu e São Rafael, na região Seridó do Rio Grande do Norte, matou Francidalva Fernandes da Silva Rocha dos Santos, de 30 anos, mãe das crianças. O pai delas, Antônio Carlos Rocha dos Santos, de 34 anos, também recebeu atendimento médico e já foi liberado.

A informação é do Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró, para onde foram socorridos. Por meio de sua assessoria de comunicação, o hospital informou que o garoto, de 10 anos, teve uma fratura no fêmur, foi operado e permanece em observação. Já a menina, que tem 6 anos, realizou uma laparotomia – procedimento cirúrgico que envolve uma incisão através da parede abdominal para se verificar uma possível lesão. O estado de saúde dos dois é estável.

Segundo a Polícia Militar, o acidente aconteceu após o Fiat, que era dirigido por Antônio Carlos, bater de frente com um Corsa. O motorista do segundo veículo estava acompanhado por outras duas pessoas e foram levados para o hospital de Santana do Matos. De acordo com o sargento Carlos, policial que atendeu a ocorrência, o condutor afirmou que teria ingerido bebida alcoólica. “Ele reclamou de dores nas costas. Depois, foi levado para fazer exames de sangue em Natal, pois admitiu que havia ingerido bebida alcoólica”, acrescentou.

Fonte: Blog do Cassinho Morais

BPChoque apreende material explosivo e coletes balísticos no Vale Dourado. Duas mulheres foram presas durante operação

OPERAÇÃO

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
O Batalhão de Policia de Choque (BPCHOQUE) realizou nesta quarta (30) uma operação no loteamento Vale Dourado na Zona Norte de Natal.

Na Operação foram apreendidas 3 bananas de dinamite, munições, coletes balísticos que pertencem a uma empresa de segurança, armas e munições.

Na operação 2 mulheres foram presas e conduzidas para a DEICOR onde foram autuadas pela posse do material.

Fonte: 190 RN

Veículo roubado em Caicó em 2013 é encontrado hoje em Nova Cruz. Quando os policiais fizeram a checagem dos dados do veículo, chassi, placas, então identificaram as irregularidades

RECUPERADO

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Policiais militares da cidade de Nova Cruz/RN, recuperaram na manhã desta quarta-feira, (30), um veículo Fiat Siena ATTRACTIVE, de cor branca, ano 2013 e placas NOH-6564, com inscrição em Caicó/RN. Ele estava com placa fria, ou seja, de outro carro.

O veículo Siena, tem queixa de roubo datada do dia 22 de maio de 2013, ocorrido em Caicó. Ele pertence a Bruno José de Souza Azevedo, que reside no Bairro Vila Altiva, precisamente na Rua Dionízio Carneiro.
O Tenente Cruz, do CPRE com atuação em Nova Cruz, disse que foi procurado por um cidadão que reside em Natal, afirmando que recebeu uma multa e que nunca tinha estado naquela cidade.

Os policiais então ficaram com a numeração da placa e hoje, quarta-feira, fazendo fiscalização localizaram o carro.

Uma equipe fez a abordagem e o condutor disse que não tinha documentos do carro. Imediatamente foi encaminhado para a Delegacia.


Fonte: Blog do Sidney

Bandidos armados assaltam e espancam vítima em rua do Tirol


Por volta das 11 horas da manhã da última terça-feira bandidos armados renderam um homem e  levaram dinheiro, bens pessoais e por fim iniciaram em via pública uma verdadeira seção de terror contra a vítima.

Tudo foi gravado por um sistema de segurança na rua Don José Tomáz no bairro Tirol aos fundos da TV Tropical. Um dos bandidos depois de pegar todos os pertences da vítima agrediu a vítima com chutes e socos, um motorista de um veículo que saia da avenida Romualdo Galvão  teve a arma apontada e foi obrigado a dar passagem ao carro dos assaltantes em fuga. confira o vídeo abaixo

Bandidos armados assaltam e espancam vítima em rua do Tirol

Detento é espancado até a morte em Cadeia Pública de Natal da Zona Norte. Caso aconteceu no último final de semana, em presídio da zona Norte

ASSASINATO

Foto: Cedida
Foto: Cedida
A Coordenadoria da Administração Penitenciária do RN investiga uma ocorrência dentro da Cadeia Pública de Natal, na zona Norte da capital, que resultou na morte de um preso. Luanderson Souza da Silva, de 18 anos, foi espancado por outros detentos e acabou morrendo no hospital.

Ele respondia por tráfico de drogas e foi agredido na tarde da sexta-feira (15), dentro do Pavilhão B, onde estavam cerca de 160 homens. Ele chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e levado para o hospital, no entanto, não resistiu e morreu no sábado (26).

A diretora da Coordenadoria da Administração Penitenciária, Dinorá Simas, informou ao Portal BO que o caso vem sendo apurado desde o dia em que aconteceu. “Na sexta-feira, foi feito o Boletim de Ocorrência da agressão e, no sábado, o da morte. Com isso, passamos a colher informações para identificar os responsáveis por esse crime”, afirma.

De acordo com ela, há uma dificuldade na identificação dos presos que espancaram Luanderson porque todos os 160 homens estavam soltos no Pavilhão, no momento do crime. Mesmo assim, a direção está analisando as imagens do circuito de câmeras para tentar facilitar a investigação.

Dinorá Simas disse ainda que tudo apurado está sendo encaminhado para a Secretaria Estadual de Segurança Pública, para que a Polícia Civil abra inquérito de homicídio.

Fonte: Portal BO

José Genoino tem pena reduzida e pode ir para o regime aberto. Genoino tem direito a passar do regime semiaberto para o aberto por ter cumprido 1/6 da pena, período que garante a progressão

ISSO É BRASIL

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Uma decisão publicada nesta quarta-feira pela Vara de Execuções Penais do Distrito Federal declara válido o recurso pela qual a defesa do ex-deputado José Genoino, condenado no processo do mensalão, havia solicitado a redução da pena do réu. Pedido da defesa do apenado argumentava que sua pena poderia ser reduzida em 34 dias com base em cursos realizados à distância e, com isso, adiantar sua progressão de pena.

“Em análise às informações constantes dos autos, verifico que os cursos realizados pelo apenado (Introdução à Informática e Internet, e Direito Constitucional), cujos certificados se encontram acostados às fls. 612 e 613, se enquadram nas exigências constantes da citada Portaria, especialmente no que tange ao processo de avaliação presencial (fls. 615 a 618)”, escreveu em sua decisão a Juíza de Direito Leila Cury.
Genoino, condenado a 4 anos e 8 meses por corrupção ativa no processo do mensalão, cumpre pena no Presídio da Papuda, em Brasília. No dia 25 de julho, sua defesa havia solicitado a progressão do regime semiaberto para prisão domiciliar. Segundo a defesa, desde o dia 22 de julho, Genoino tem direito a passar do regime semiaberto para o aberto por ter cumprido 1/6 da pena, período que garante a progressão.
O aval da Vara de Execuções Penais segue agora em caráter de urgência para o Supremo Tribunal Federal, onde será julgado pelo ministro Luís Roberto Barroso.

O mensalão do PT
Em 2007, o STF aceitou denúncia contra os 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema denunciado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e que ficou conhecido como mensalão. Segundo ele, parlamentares da base aliada recebiam pagamentos periódicos para votar de acordo com os interesses do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Após o escândalo, o deputado federal José Dirceu deixou o cargo de chefe da Casa Civil e retornou à Câmara. Acabou sendo cassado pelos colegas e perdeu o direito de concorrer a cargos públicos até 2015.

No relatório da denúncia, a Procuradoria-Geral da República apontou como operadores do núcleo central do esquema José Dirceu, o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares e o ex- secretário-geral Silvio Pereira. Todos foram denunciados por formação de quadrilha. Dirceu, Genoino e Delúbio responderam ainda por corrupção ativa.

Em 2008, Sílvio Pereira assinou acordo com a Procuradoria-Geral da República para não ser mais processado no inquérito sobre o caso. Com isso, ele teria que fazer 750 horas de serviço comunitário em até três anos e deixou de ser um dos 40 réus. José Janene, ex-deputado do PP, morreu em 2010 e também deixou de figurar na denúncia.

O relator apontou também que o núcleo publicitário-financeiro do suposto esquema era composto pelo empresário Marcos Valério e seus sócios (Ramon Cardoso, Cristiano Paz e Rogério Tolentino), além das funcionárias da agência SMP&B Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Eles responderam por pelo menos três crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. A então presidente do Banco Rural, Kátia Rabello, e os diretores José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório foram denunciados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. O publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes, respondem a ações penais por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) Luiz Gushiken é processado por peculato. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi denunciado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) respondeu processo por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia incluía ainda parlamentares do PP, PR (ex-PL), PTB e PMDB. Entre eles o próprio delator, Roberto Jefferson. Em julho de 2011, a Procuradoria-Geral da República, nas alegações finais do processo, pediu que o STF condenasse 36 dos 38 réus restantes. Ficaram de fora o ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken e o irmão do ex-tesoureiro do Partido Liberal (PL) Jacinto Lamas, Antônio Lamas, ambos por falta de provas.

A ação penal começou a ser julgada em 2 de agosto de 2012. A primeira decisão tomada pelos ministros foi anular o processo contra o ex-empresário argentino Carlos Alberto Quaglia, acusado de utilizar a corretora Natimar para lavar dinheiro do mensalão. Durante três anos, o Supremo notificou os advogados errados de Quaglia e, por isso, o defensor público que representou o réu pediu a nulidade por cerceamento de defesa. Agora, ele vai responder na Justiça Federal de Santa Catarina, Estado onde mora. Assim, restaram 37 réus no processo.

No dia 17 de dezembro de 2012, após mais de quatro meses de trabalho, os ministros do STF encerraram o julgamento do mensalão. Dos 37 réus, 25 foram condenados, entre eles Marcos Valério (40 anos e 2 meses), José Dirceu (10 anos e 10 meses), José Genoino (6 anos e 11 meses) e Delúbio Soares (8 anos e 11 meses).

Após a Suprema Corte publicar o acórdão do processo, em 2013, os advogados entraram com os recursos. Os primeiros a serem analisados foram os embargos de declaração, que têm como função questionar contradições e obscuridades no acórdão, sem entrar no mérito das condenações. Em seguida, o STF decidiu, por seis votos a cinco, que as defesas também poderiam apresentar os embargos infringentes, que possibilitariam um novo julgamento para réus que foram condenados por um placar dividido – esses recursos devem ser julgados em 2014.

Em 15 de novembro de 2013, o ministro Joaquim Barbosa decretou as primeiras 12 prisões de condenados, após decisão dos ministros de executar apenas as sentenças dos crimes que não foram objeto de embargos infringentes. Os réus nesta situação eram: José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, Marcos Valério, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz, Kátia Rabello, José Roberto Salgado, Henrique Pizzolato, Simone Vasconcelos, Romeu Queiroz e Jacinto Lamas. Todos eles se apresentaram à Polícia Federal, menos Pizzolato, que fugiu para a Itália.

Fonte: Terra

Aplicativo desenvolvido na UFRN pode reduzir casos de dengue. Dispositivo fornece informações em tempo real para autoridades de saúde do município

INOVAÇÃO

RICARDO VALENTIM
Uma criação simples que pretende resolver um problema complexo: o combate à dengue. Desenvolvido na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), um aplicativo para celulares quer diminuir o número de casos da doença em Natal, ao fornecer informações em tempo real para autoridades de saúde do município.

O Observatório da Dengue é uma plataforma na Internet pela qual moradores da capital potiguar podem denunciar focos de mosquitos e casos suspeitos da doença no bairro onde vivem. A página pode ser acessada no endereço eletrônico www.telessaude.ufrn.br/observatoriodadengue.

A tela solicita poucas informações: nome, e-mail, endereço e – se possível – uma foto. Após o envio dos dados é requerida uma confirmação por e-mail, que efetivará a notificação à Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Para os gestores públicos, o conjunto de denúncias feitas pelos cidadãos forma um mapa que possibilita visualizar onde há suspeitas da doença e onde existem mosquitos transmissores. A partir daí, agentes são enviados às localidades para fazer o controle dos insetos e orientar os possíveis doentes.
“Essa ferramenta, se bem utilizada, pode se tornar a chave para se ter controle absoluto da dengue em nossa cidade”, avalia Ion de Andrade, epidemiologista da SMS, que enxerga como  principal vantagem do invento a agilidade com que os responsáveis pela saúde no município poderão obter informações.

Anteriormente, relatos de casos da doença chegavam à Secretaria através do disque-dengue ou por meio de estatísticas coletadas após atendimentos em hospitais, reunidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Por esses métodos, os dados levam até 45 dias para ficarem disponíveis aos gestores, embora ações de combate a epidemias precisem ser tomadas rapidamente. “Uma coisa é você saber agora que há focos e mosquitos em uma mesma região da cidade, outra é saber só daqui a um mês, quando quem era de ficar doente já ficou”, comenta Ion Andrade.

“Essa ferramenta, se bem utilizada, pode se tornar a chave para se ter controle absoluto da dengue em nossa cidade”, avalia Ion de Andrade, epidemiologista da Secretaria Municipal de Saúde
Hoje a prevenção acontece com visitas rotineiras a residências, realizadas por agentes de saúde que percorrem, por etapas, os bairros da capital. Com o aplicativo, será possível complementar o trabalho ao encaminhar equipes especialmente para resolver os casos notificados. “Se a comunidade aderir, a capacidade de resposta à dengue cresce muito”, pondera o epidemiologista. “Cada vez que a doença aparecer, o agente vai lá e controla”.

Há apenas duas semanas no ar, e em fase de aperfeiçoamento, o Observatório da Dengue ainda não conta com estatísticas de uso. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, serão produzidas campanhas publicitárias para informar a população sobre a existência da plataforma e incentivar sua utilização.

Desenvolvimento
A ferramenta é criação do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS), setor dedicado à pesquisa no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). A equipe de desenvolvimento envolve estudantes de pós-graduação, profissionais da Saúde e engenheiros da UFRN e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN).

A ideia surgiu em um trabalho de conclusão de curso dos então estudantes do IFRN Daniele Montenegro, Jalerson Lima e Philippi Sedir, hoje alunos de mestrado na UFRN. Philippi Sedir, também professor subistituto na Universidade, lembra que a iniciativa pretendia localizar geograficamente focos de Aedes aegypti da maneira mais simples possível, por isso a escolha pelo aplicativo para telefones celulares.
“Entramos em contato com o pessoal da SMS, que nos deu subsídio para termos um sistema mais consistente, que tivesse mais aplicação no ambiente real”, conta Sedir. “Quando começamos a desenvolver, tínhamos noção do que precisávamos, mas tudo era muito acadêmico. A interação com a Secretaria permitiu que o sistema passasse a ser adequado à demanda real do trabalhador da saúde”, analisa.
Além do espaço destinado às denúncias de casos suspeitos pelos cidadãos, a plataforma possui ainda um módulo voltado aos agentes de endemias. O software informatiza o processo de coleta de informações durante as visitas dos profissionais às residências, aos substituir as tradicionais pranchetas por computadores portáteis.

A mudança reduz o tempo entre a visita do agente e a disponibilização dos dados para os supervisores, além de facilitar a produção de mapas e relatórios e sofisticar as informações reunidas com detalhes como o percurso dos profissionais atualizado em tempo real, quais residências foram visitadas e a localização precisa dos focos.

Ricardo Valentim, pesquisador do LAIS e coordenador do Observatorio da Dengue, calcula que o método informatizado deve gerar economia de 2,4 milhões de reais por ano para o município de Natal. Entretanto, o professor acredita que o maior ganho não é a redução do gasto público, mas a otimização do processo de trabalho dos agentes de endemias.

“Hoje, como tudo é feito em papel, até os dados coletados pelos agentes chegarem na SMS leva de 30 a 45 dias. Acontece que a larva do mosquito leva sete dias para eclodir”, explica Valentim. “Quando o gestor público toma as decisões, já teremos a quarta geração do mosquito, o tataraneto do mosquito voando”, brinca. “Eu já posso inclusive ter um quadro epidemiológico instalado sem estar sabendo. Com o sistema, isso é online. Podemos até disparar alertas imediatamente para as autoridades”.

O módulo voltado aos agentes de endemias está em fase de implantação na SMS, e depende de assinatura de convênio entre UFRN, IFRN e o município, já que – ao contrário da página destinada a denúncias de cidadãos – essa parte do projeto requer aplicação de recursos em treinamentos, em equipamentos e no desenvolvimento de outras etapas da plataforma.

Philippi Sedir, professor substituto na UFRN, lembra que a iniciativa pretendia localizar geograficamente focos de Aedes aegypti da maneira mais simples possível, por isso a escolha pelo aplicativo para telefones celulares
Já houve contatos entre o LAIS e a coordenação do Programa Nacional de Controle da Dengue, do Ministério da Saúde, para levar a ideia para todo o País. Valetim reafirma a pretensão de tornar o produto nacional, mas diz que o grupo de pesquisadores pretende, antes, concluir com êxito a implantação em Natal, para somente então expandir a ferramenta para outros municípios.

Dengue
A dengue é considerada por epidemiologistas um grave problema de saúde pública no Brasil, assim como em outras regiões tropicais do mundo. Além da presença do vírus e dos mosquitos, fatores econômicos e sociais facilitam a ocorrência da doença em ambientes urbanos.

Hoje, Natal não vive uma epidemia de dengue. Números divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde contabilizam pouco mais de mil casos em 2014, o que representa aproximadamente 125 ocorrências por grupos de cem mil habitantes. Seis mortes foram provocadas pela doença no período.

Em 2001, a capital potiguar registrou mais de 19 mil casos. Em 1997 e 1999 a quantidade de doentes ultrapassou 15 mil, e nos anos de 2003 e de 2008 o número de pessoas infectadas foi superior a 10 mil.Ion Andrade, da SMS, comemora o fato de o Observatório da Dengue entrar em operação em um momento em que a doença está controlada no município. “A proposta não veio para apagar incêndios. Quando for necessário conter uma epidemia, o dispositivo já estará disponível”.

Réus condenados no mensalão já devem R$ 17,6 milhões para a União. Prazo de pagamento da multa acabou em janeiro e valores iniciais foram corrigidos pela taxa básica de juros, além de terem acréscimo de 20%, previsto em lei

DEVEDORES

Marcos Valério Souza, tem o maior valor inscrito na dívida ativa: R$ 6,61 milhões. Foto: divulgação
Marcos Valério Souza, tem o maior valor inscrito na dívida ativa: R$ 6,61 milhões. Foto: divulgação
Seis condenados no processo do mensalão foram considerados devedores da União pelo não pagamento de multa fixada como pena pelo Supremo Tribunal Federal. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, as dívidas somam R$ 17,65 milhões. Os valores foram levantados pela Procuradoria – Geral da Fazenda Nacional, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda e responsável por cobrar quem deve aos cofres públicos.

Segundo o jornal, o prazo para o pagamento da multa acabou em janeiro e os valores iniciais foram corrigidos pela taxa básica de juros além de terem acréscimo de 20%, previsto em lei.

Entre os seis condenados está o operador do esquema Marcos Valério Souza, com o maior valor inscrito na dívida ativa: R$ 6,61 milhões. O advogado de Valério, porém, pediu que a multa fosse abatida dos bens bloqueados do empresário, mas o pedido não foi atendido pelo STF. A defesa pretende recorrer.
Valério tem, além da multa, outros 37 débitos inscritos da dívida da União, que ultrapassam R$ 307 milhões.

A União ainda cobra R$ 6,4 milhões do advogado e ex-sócio de Valério, Ramon Hollerbach. Entraram para a lista de devedores os ex-deputados Valdemar Costa Neto (R$ 1,9 milhão), Bispo Rodrigues (R$ 1,1 milhão) e José Borba (R$ 1 milhão), além do ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas, que parcelou a multa de R$ 523,9 mil e tem pago a dívida em dia.

Entre os não devedores da União estão os petistas José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e João Paulo Cunha, que pagaram as multas após receberem doações de colaboradores. O restante dos sentenciados ainda negocia ou questiona o valor da multa na Justiça.

O mensalão do PT
Em 2007, o STF aceitou denúncia contra os 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema denunciado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e que ficou conhecido como mensalão. Segundo ele, parlamentares da base aliada recebiam pagamentos periódicos para votar de acordo com os interesses do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Após o escândalo, o deputado federal José Dirceu deixou o cargo de chefe da Casa Civil e retornou à Câmara. Acabou sendo cassado pelos colegas e perdeu o direito de concorrer a cargos públicos até 2015.

No relatório da denúncia, a Procuradoria-Geral da República apontou como operadores do núcleo central do esquema José Dirceu, o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares e o ex- secretário-geral Silvio Pereira. Todos foram denunciados por formação de quadrilha. Dirceu, Genoino e Delúbio responderam ainda por corrupção ativa.

Em 2008, Sílvio Pereira assinou acordo com a Procuradoria-Geral da República para não ser mais processado no inquérito sobre o caso. Com isso, ele teria que fazer 750 horas de serviço comunitário em até três anos e deixou de ser um dos 40 réus. José Janene, ex-deputado do PP, morreu em 2010 e também deixou de figurar na denúncia.

O relator apontou também que o núcleo publicitário-financeiro do suposto esquema era composto pelo empresário Marcos Valério e seus sócios (Ramon Cardoso, Cristiano Paz e Rogério Tolentino), além das funcionárias da agência SMP&B Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Eles responderam por pelo menos três crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. A então presidente do Banco Rural, Kátia Rabello, e os diretores José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório foram denunciados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. O publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes, respondem a ações penais por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) Luiz Gushiken é processado por peculato. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi denunciado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) respondeu processo por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia incluía ainda parlamentares do PP, PR (ex-PL), PTB e PMDB. Entre eles o próprio delator, Roberto Jefferson. Em julho de 2011, a Procuradoria-Geral da República, nas alegações finais do processo, pediu que o STF condenasse 36 dos 38 réus restantes. Ficaram de fora o ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken e o irmão do ex-tesoureiro do Partido Liberal (PL) Jacinto Lamas, Antônio Lamas, ambos por falta de provas.

A ação penal começou a ser julgada em 2 de agosto de 2012. A primeira decisão tomada pelos ministros foi anular o processo contra o ex-empresário argentino Carlos Alberto Quaglia, acusado de utilizar a corretora Natimar para lavar dinheiro do mensalão. Durante três anos, o Supremo notificou os advogados errados de Quaglia e, por isso, o defensor público que representou o réu pediu a nulidade por cerceamento de defesa. Agora, ele vai responder na Justiça Federal de Santa Catarina, Estado onde mora. Assim, restaram 37 réus no processo.

No dia 17 de dezembro de 2012, após mais de quatro meses de trabalho, os ministros do STF encerraram o julgamento do mensalão. Dos 37 réus, 25 foram condenados, entre eles Marcos Valério (40 anos e 2 meses), José Dirceu (10 anos e 10 meses), José Genoino (6 anos e 11 meses) e Delúbio Soares (8 anos e 11 meses).

Após a Suprema Corte publicar o acórdão do processo, em 2013, os advogados entraram com os recursos. Os primeiros a serem analisados foram os embargos de declaração, que têm como função questionar contradições e obscuridades no acórdão, sem entrar no mérito das condenações. Em seguida, o STF decidiu, por seis votos a cinco, que as defesas também poderiam apresentar os embargos infringentes, que possibilitariam um novo julgamento para réus que foram condenados por um placar dividido – esses recursos devem ser julgados em 2014.

Em 15 de novembro de 2013, o ministro Joaquim Barbosa decretou as primeiras 12 prisões de condenados, após decisão dos ministros de executar apenas as sentenças dos crimes que não foram objeto de embargos infringentes. Os réus nesta situação eram: José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, Marcos Valério, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz, Kátia Rabello, José Roberto Salgado, Henrique Pizzolato, Simone Vasconcelos, Romeu Queiroz e Jacinto Lamas. Todos eles se apresentaram à Polícia Federal, menos Pizzolato, que fugiu para a Itália.

Elisa Quadros, a Sininho: “Tive de sair do Rio para não me matarem.” Em entrevista exclusiva, a ativista recebeu o iG no escritório de seu advogado no Rio; ela acusa a milícia de tentar assassiná-la

CASO SININHO

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Em uma pequena sala comercial no coração da Cinelândia, no centro do Rio, funciona o escritório de Marino D’Icarahy. Ele comanda a assessoria jurídica que defende 14 dos 23 manifestantes indiciados pela polícia fluminense por atos violentos em protestos que tomaram as ruas cariocas desde junho de 2013.
Entre os ativistas defendidos por D’Icarahy, talvez nenhum tenha ganhado tanta visibilidade quanto a jovem porto-alegrense Elisa Quadros, de 28 anos, batizada entre seus companheiros de militância como Sininho pelo estilo espevitado e intenso a despeito da aparência frágil – a exemplo da personagem de Walt Disney.
Elisa diz que não fala com a imprensa porque não lhe tem respeito. D’Icarahy compartilha da opinião, mas aceitou que Elisa concedesse a entrevista transcrita a seguir por motivos jurídicos: trata-se de uma nova estratégia da defesa dos manifestantes, que agora, diante do clima abertamente bélico que se instaurou entre ativistas e jornalistas, busca humanizar as batalhas particulares de seus clientes.

Por 45 minutos, na tarde da última segunda-feira (28), Elisa conversou com a reportagem doiG sobre sua vida como militante e afirmou que está em processo de escrever um livro com o ex-marido, de quem se divorciou no início de 2013. A entrevista só aconteceu sob a condição de não se falar sobre o inquérito.
Durante o tempo em que conversava com a reportagem, os outros jovens também defendidos por D’Icarahy aguardavam em uma outra sala. Eles chegaram todos juntos, e a maior parte vinha do mesmo compromisso: um debate promovido, segundo Elisa, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
A entrevista abaixo, gravada, segue praticamente sem cortes ou edição, em uma decisão doiG para preservar integralmente o discurso e o raciocínio da entrevistada, que contou com intervenções pontuais de seu advogado.

iG: Como tem sido os seus últimos meses?
Elisa: A destruição da minha imagem começou em agosto do ano passado, já no Ocupa Câmara, quando recebi ameaças de milicianos e tive que sair do Rio de Janeiro pela primeira vez para não me matarem. O circo midiático começou em outubro de 2013, na minha primeira prisão, quando houve a primeira tentativa pública de destruição da minha imagem. Foi assustador ter saído (da prisão) e me deparado com aquela construção de uma outra identidade minha. Entrei nessa luta sabendo das consequências, lutando contra um Estado muito poderoso. Hoje tenho medo, não posso mais sair sozinha e tudo o que eu faço tenho que passar para a assessoria jurídica, tanto de cunho político quanto de cunho pessoal. Até uma viagem com a família, um jantar ou um almoço, tenho que estar avisando. Acabei perdendo minha vida privada, meu individualismo. Tenho que ter cuidado pra eu mesma não confundir minha própria identidade com tudo o que a mídia tem dito, com o meu próprio querer.

Marino: A Elisa é só uma vítima de uma prática que já existe, e que faz parte do sistema nervoso da nossa sociedade. É a construção do sujeito terrorista, e tem raízes inclusive no sistema de segurança de Israel.

iG: Por que você acha que foi escolhida pela mídia para essa desconstrução da imagem?
Elisa: Tem a questão do machismo. Pela sociedade conservadora, paternalista, é mais fácil a tentativa de destruir a identidade feminina com fofoquinha, com histórias do meu relacionamento, dizendo que sou histérica… Mas, na minha vida pessoal, eu me atirei de corpo e alma, de sangue, de tudo, nesse processo. Sou filha de militante, fui criada desde pequetita (sic) nos movimentos estudantis ainda em Porto Alegre, e minha mãe me levou no Caras Pintadas. Fiquei afastada dos movimentos por um tempo, que foi o quanto durou meu casamento. Quando vi o que estava acontecendo, durante as Jornadas de Junho, já não estava muito feliz na minha vida pessoal nem na profissional. Então me atirei de cabeça. Me atirando de cabeça, eu sabia as agendas de cor, eu pesquisava, eu queria participar, estava sempre na rua. Me envolvi em tudo o que estava acontecendo. Comecei a aparecer mais, assumir tarefas, resolver. Sou produtora, né (risos), fiz publicidade e cinema.

iG: Você trabalha?
Elisa: (pausa) Eu tenho emprego, mas o Estado não me deixa trabalhar. Não vou porque não estou conseguindo.

iG: Onde você trabalha?
Elisa: Sempre fui freelancer. Tive alguns trabalhos fixos em produtoras independentes, menores, principalmente na área de documentários. Tive uma produtora, até. Como assistente de produção, fiz publicidade, programas de TV, na Discovery Channel, GNT, MTV…

iG: Como você concilia o trabalho com os protestos?
Elisa: Nas Jornadas de Junho eu estava tentando uma vaga numa produtora de São Paulo que eu admiro muito, a Gullane (de filmes como “Bicho de Sete Cabeças” e “O ano em que meus pais saíram de férias”). Eu sempre gostei dos filmes deles. Eles estavam vindo pro Rio e eu estava entre um dos nomes para finalmente ter um emprego fixo. Nessa época eu estava fazendo a assistência executiva do filme “Até que a Sorte nos Separe 2″, e acabei tendo que escolher. Escolhi me jogar de cabeça em algo que eu acredito. Acabei me sobressaindo nas ocupações: Ocupa Câmara e Ocupa Cabral. O Estado sempre teve necessidade de criar lideranças para destruir movimentos. Mas nesse caso não vai funcionar. Eles não vão matar o movimento, vão matar uma pessoa.
Marino: Ela não manda nada, não comanda nada. Elisa não é chefe ou comandante da FIP (Frente Independente Popular), não existe isso.

Elisa: O nome da ação maluca que inventaram que ia acontecer no Maracanã na Copa eu descobri pelo Fantástico qual era: Junho Negro. Fiquei pensando “nossa, que nome”. Eu descobri muita coisa (pausa), quer dizer, descobri não né, vi ali muita coisa que eu não fazia ideia. Descobri que tinha dois RGs pela mídia. Liguei chorando pra minha mãe (faz voz de choro): “mããe, eu tenho dois RGs?”; e ela respondeu: “lógico, menina, você tem o RG do Rio e o RG de Porto Alegre”. E eu (suspira e afina a voz): “ahhh, tá, que bom”
.
iG: Você disse que foi casada.
Elisa: É, foi um casamento civil. Quer dizer, civil não. Fui “ajuntada” por quase 4 anos.

iG: Você se dá bem com seu ex-marido?
Elisa: Sim, é meu grande amigo. Inclusive estamos escrevendo um livro sobre tudo o que aconteceu.

iG: Ele participa com você dos movimentos?
Elisa: Não, ele tem pavor. Quando começou tudo isso ele falou que não queria ver nada, mas em todos os momentos importantes, como minhas prisões, foi ele com minhas amigas pessoais, que não têm nada a ver com o movimento, que ajudaram os advogados a pegar coisas na minha casa e cuidaram da minha gatinha Branca na casa que comprei com meu ex-marido, que hoje não mora mais lá. Eles dormiam lá, cuidavam da casa pra mim.

iG: Como seus amigos e familiares lidam com sua vida no ativismo?
Elisa: Tenho apoio incondicional deles. Nunca tive nenhum problema. Eles se preocupam, me dizem pra ir com calma, parar um pouco, mas nunca impediram. Eles me conhecem, então tentam o tempo todo me defender. Tem muita gente por aí que criminaliza meus amigos também, porque eles estão me defendendo. O bombardeio vem de todos os lados, e agora estão tentando até bombardear a minha mãe (Rosoleta Moreira Pinto Stadtlander), uma pessoa incrível, super inteligente, uma pessoa maravilhosa.
Marino: Uma mulher muito sensível.

Elisa: Ela sempre nos acompanha.
Marino: Ela é preocupadíssima com a Elisa, e eu tenho que ficar pedindo calma o tempo inteiro. É uma histórica militante do PT, como o pai da Elisa (Antônio Sanzi) também é, mas posso te dizer que como mãe é a que mais liga pra mim, entre todas as mães dos meus clientes. Tem horas que a Rose me sufoca! Ela me liga a cada notícia que sai na imprensa, desesperada, e eu respondo: “fica calma, eles vão nos pagar, vão responder depois por isso”.

Elisa: Ela fofoca tudo pra ele. Mesmo quando eu tento esconder alguma coisa, minha mãe vai lá e fala pro Marino. A luta das mães foi sensacional. Tem um vídeo maravilhoso da minha mãe lendo um bilhete meu numa assembleia popular. Ela é militante, então ela entende esse universo.

iG: Você acompanha tudo o que sai sobre você na imprensa?
Elisa: Não soube direito o que foi dito sobre mim enquanto estive presa. Quis ficar quietinha, até porque as próximas semanas vão ser pesadas e eu tenho que estar bem.

iG: O que é publicado sobre você fragiliza seus amigos?
Elisa: A imprensa, quando faz isso, está me colocando em risco e pode colocar meus amigos em risco também. Nunca sei se estou sendo seguida, por exemplo. Pra me matar ou matar algum companheiro não é difícil, eles não têm escrúpulos, fazem isso todos os dias. Tem essa tensão de alguma coisa acontecer comigo.

Marino: Essa juventude atazanou a vida do Cabral (Sergio Cabra, ex-governador do Rio de Janeiro). Você imagina o ódio que ele não tem desses jovens. Ele está se vingando através de suas influências no Tribunal, na Polícia, no Ministério Público. Ele é nosso inimigo remoto, esses outros personagens são teleguiados. Você imagina o ódio que o Jorge Felippe (PMDB-RJ), presidente da Câmara, tem desses jovens.

Elisa: Ele tem, muito! (risos)
Marino: Imagina o ódio que tem o Brazão (PMDB-RJ), o Paulo Melo (PMDB-RJ). É um ódio mortal. Esses caras todos tem ligações perigosas.

Elisa: São milicianos.
iG: Como chegavam essas ameaças de morte?
Elisa: Perseguição na rua. Ontem mesmo tinha um policial na porta da minha casa. Antes disfarçavam, mas agora nem se importam mais.

Marino: Policiais da DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática) esteve duas vezes num vizinho meu, no meu edifício. Na verdade o que eu recebo é um recado: “estamos pertinho de você, aqui do lado, quando a gente quiser, te ataca”. No trânsito tenho que avançar sinal pra despistar carros que me seguem. Meu telefone está grampeado direto. Eu falo com eles (quando uso o telefone): olha, essa aqui é pra vocês, segura essa bomba aí.

Elisa: A gente dá bom dia pra Abin (risos). Diz: “não fofoca essa não, essa não pode vazar” (Marino gargalha). No meio dessa loucura toda, a gente tenta lidar de uma forma minimamente saudável e achar alguma graça nisso tudo, porque é uma pressão de absolutamente todos os lados.

Marino: Tudo deles está voltado pras eleições, interesses eleitoreiros e eleitorais. Eu não reconheço o sistema representativo como está colocado no Brasil. Nem os partidos, nem as instituições; isso não me representa. Nem o Judiciário me representa como advogado, porque lá eu travo uma luta cruel e crucial, ao mesmo tempo, da qual eu não abdico (dá um soco em uma das mãos com força).

iG: Como isso se reflete nas eleições?
Elisa: ”Não vote, lute”. Entendo que esse sistema democrático eleitoreiro é uma grande farsa, e você tem todo um exemplo que desde o ano passado a população tentando reivindicar e não é ouvida. O povo é só uma marionete pra esses políticos que estão representando quem? Eu não vou votar, não voto há anos, só decepcionada por figuras que achava que salvavam. Me decepcionei mesmo.

Marino: Os últimos elos foram rompidos.
Elisa: A minha admiração não existe por esses políticos. A mudança pra mim é de fora pra dentro, não de dentro pra fora. Tem que ser democracia direta, o povo se organizando e representando seu próprio desejo.

iG: A solução pra você é o anarquismo?
Elisa: Não sei qual é a solução. Sempre me fazem essa pergunta, mas eu não sei qual a solução, qual a resposta. É um processo de anos, que não vai ser resolvido aqui. É trabalho de base mesmo, de formiguinha, que vai levar anos e anos e anos.

Marino: Me identifico com anarquismo, mas não sou anarquista. Sou comunista, um infeliz comunista sem partido. O anarquismo é o melhor que a gente pode almejar. Mas antes vamos precisar passar pelo socialismo, pelo comunismo, para então chegar no estado avançado da humanidade, que é o anarquismo e a auto-gestão. É um processo que provavelmente não vou assistir o fim.

iG: Não votar não contribui para perpetuar uma realidade com a qual você discorda?
Elisa: Nossa questão não é “não vamos mais votar, não queremos mais eleição”. Não é. A questão é a farsa das eleições: compra de votos, coligações, partidos de aluguel. Por que eu como indivíduo não posso me candidatar? Se o povo quer que eu me candidate, por que sou obrigada a me filiar a um partido? Tem que acabar com essas coisas, é uma máfia, uma máfia. Eu, como cidadã, sou obrigada a votar, mas não tem candidatos bons, e ainda vou ter que pagar uma multa porque não vou. (pausa) Por mais que o candidato seja maravilhoso, ele tem três caminhos: ou ele se corrompe, ou vai ser assassinado – e temos vários casos de políticos que encararam o sistema e foram assassinados – ou vai receber o dinheiro por fora para não fazer nada, como é a maioria dos poucos que restam.

iG: Se não fosse necessário se filiar a nenhum partido político, você se candidataria?
Elisa: Não, porque eu não acredito. Não tô aqui pra representar ninguém, não quero isso. É uma questão pessoal. Não vou ser eu que vou ser porta-voz de ninguém. Amo fazer meu trabalho de base, estar ali com os moradores de rua, nas escolas, promovendo debates. Nesse sistema eu jamais me candidataria. Porque provavelmente eu ia ser assassinada (risos).

iG: Em que consistem estes seus trabalhos com moradores de rua e em escolas?
Elisa: Nas assembleias populares, temos umas quatro ou cinco no Rio. Participo muito, e na própria FIP temos vários movimentos, muitos independentes. Acabamos ajudando. Não é só assistencialista, mas é político também. Aqui na Cinelândia, quando desço do metrô e tenho que ir na Lapa, os moradores de rua daqui me levam onde eu quiser. Aí eu converso com eles e tento realmente ressocializar. Aprendo com eles muito mais do que eles aprendem comigo. Fazemos campanhas, do agasalho, conseguimos trabalho, conversamos com eles. E em escolas e faculdades tentamos promover debates, segunda de manhã estávamos na UERJ, por exemplo.

iG: Do que mais você sente falta da sua vida de antes?
Elisa: De andar sozinha (voz mais fina). Até me arrepiei aqui. Estou sentindo muita falta de poder ter meu jeitinho. Minhas amigas dizem que sempre fui assim: ou amam, ou odeiam. Porque sempre fui muito de falar, me envolver, e sou muito impulsiva, desde pequena, espevitada. E eu gosto de ser assim, não tenho vergonha de fazer e falar as coisas. E hoje não posso colocar na minha cabeça que vou ao cinema às 2h da manhã. Tenho sempre que ligar pra alguém pra pedir pra me acompanhar. Depois de meses sem ir ao cinema, marquei com um companheiro de militância e chamei uma amiga pessoal. Foi cômico, porque nós dois queríamos assistir um filme de política e ela queria assistir X-Men, sacou? E ficou naquela coisa, não fomos ao cinema porque não chegamos a um acordo e fomos pra um restaurante. Sinto muita falta de ter minha vida pessoal. Minha vida amorosa, por exemplo, virou pública, né?

Fonte: iG