LIMINAR
Mudança no quadro da Assembleia Legislativa. José Adécio Costa
(DEM) foi empossado no cargo de deputado estadual, depois de conseguir
uma liminar judicial no Tribunal Superior Eleitoral. Ele ocupa a vaga de
Disbon Nasser (PSDB), que teve sua cassação mantida pelo TSE.
Adriano Abreu
José Adécio: “Ao longo de minha vida me acostumei a respeitar toda decisão jurídica”
A
posse de José Adécio, que é candidato a reeleição, foi rápida e ocorreu
na sala da Presidência da Assembleia. O deputado assumiu o cargo depois
de ter sido retirado, também por uma decisão do TSE, há 20 dias,
período em que Nasser permaneceu como parlamentar.
“Esse vai e
vem (da Justiça Eleitoral) está a meu favor. A decisão do TRE foi pela
cassação de Dibson Nasser, o TSE manteve a decisão e teve também uma
liminar da ministram Carmem Lúcia, quando era presidente do TSE”,
comentou José Adécio, citando ainda que o parecer do Ministério Público
Eleitoral é favorável a permanência dele como deputado estadual.
José
Adécio analisou que recebeu com “naturalidade” a decisão liminar do
ministro Gilmar Mendes, determinando o retorno dele ao cargo. “Ao longo
da minha vida me acostumei a respeitar decisão jurídica, favorável ou
não”, destaco. O deputado do DEM fez questão de frisar que não teve a
iniciativa de denunciar Dibson Nasser por abuso de poder político. O
processo foi originado pelo PRP. “Eu só me habilitei como litisconsorte
depois que o TRE já tinha se pronunciado com três votos favoráveis a
cassação de Dibson. Ou eu fazia isso, ou a primeira suplência passava
para Chico da Prefeitura (que era o segundo suplente da coligação)”,
observou.
CARGOS COMISSIONADOS
A
chegada de José Adécio na Assembleia Legislativa coloca em questão a
nomeação dos cargos comissionados. A dúvida ocorre porque o deputado
estadual Dibson Nasser havia reassumido o cargo há 20 dias. No entanto,
nesse período ele não conseguiu nomear os cargos comissionados do seu
gabinete. As 33 pessoas que estavam lotadas quando José Adécio assumiu,
no início de 2013, foram exoneradas por Dibson Nasser.
No
entanto, o deputado do PSDB não conseguiu nomear os seus cargos
comissionados porque há uma orientação do Tribunal de Contas do Estado
para que a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa não faça qualquer
nomeação devido ao fato da Casa estar acima do limite prudencial da Lei
de Responsabilidade Fiscal. Ou seja, qualquer nomeação seja de cargo
efetivo ou de comissionado só poderá ocorrer quando o Legislativo
estadual sair do limite prudencial. O novo balanço será divulgada em
setembro.
Mas José Adécio acredita que não haverá problema para
retomar a nomeação dos auxiliares de gabinete. “Será necessário apenas
publicar um ato tornando sem efeito as exonerações (dos 33 cargos
comissionados do seu gabinete) feitas”, destacou.
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