quinta-feira, 31 de julho de 2014

Fábio afirma que poderio de Henrique é grande, mas não reflete no eleitorado. Filho de Robinson Faria acredita que apoios anunciados ao PMDB não garantem vitória a Henrique

SÓ FACHADA

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O deputado federal Fábio Faria (PSD), que disputa a reeleição e apoia a candidatura do seu pai, Robinson Faria (PSD), ao Governo do Estado, afirmou que nestas eleições está acontecendo um fenômeno muito interessante: as adesões conquistadas pelo candidato do PMDB a governador, Henrique Alves, não estão se refletindo na melhoria das intenções de voto do peemedebista nas pesquisas.

“Tenho visto hoje uma campanha que ainda está muito no começo, as pessoas ainda não estão no clima de campanha, uma vez que só aumenta o interesse quando começa o guia eleitoral, no dia 19 de agosto. Há uma campanha muito forte na parte das alianças, apoios, adesões, e o que tem sido analisado nas pesquisas qualitativas é que está acontecendo um fenômeno no RN. Há cidades onde tem grandes adesões, onde o poderio econômico é muito grande, do nosso adversário, e que tem algumas adesões de pessoas no interior, mas que não reflete na população. Portanto, acho que essa será uma eleição atípica, onde vai se quebrar o mantra. Vai ser uma eleição onde a população que foi às ruas ano passado, insatisfeita protestar, vai dar troco nas urnas em outubro. Às vezes, quanto mais político no palanque, maior a rejeição da população”, avaliou Fábio, em entrevista ao Jornal de Hoje.

Fábio afirma que as pesquisas internas apontam para um favoritismo de Robinson Faria na disputa pelo governo. “As nossas pesquisas mostram um favoritismo para a nossa candidatura. Mostra que o povo quer mudança. Apesar do PMDB querer mostrar que é a mudança numa coisa forçada, que virou até meme na internet. O PMDB com programa sobre mudança é hilário. Com exceção do governo de Agripino, o PMDB participou de todos os governos nos últimos 40 anos no RN”, afirma.

De acordo com o parlamentar federal, o fato é que não existe mudança, não existe renovação. “Vejo hoje, primeiro, uma grande indefinição. A população está solta. Tanto na capital quanto no interior do Estado. Existe um descolamento muito grande da população com os seus líderes, seja estadual ou municipal. E também há um engajamento maior das pessoas em relação à política. Aquelas pessoas que não gostavam de política, não se interessavam por política, agora sabem que, para mudar, precisa que se interessem e que elas votem. Então vai ser um interesse muito grande nessa eleição, de análise de cada candidatura, na hora de votar. E acho que, na minha opinião, isso favorece muito a candidatura de Robinson e de Fátima”.

“Pelo tamanho do palanque, Henrique era para estar eleito”
Fábio questiona o favoritismo de Henrique, afirmando que, pelo tamanho do palanque do adversário, o peemebista era para ter no mínimo 50% nas pesquisas de intenção de voto. “Henrique tem 80% dos deputados federais apoiando ele, 80% dos deputados estaduais apoiando ele, 70% dos prefeitos apoiando ele, e está patinando na faixa dos 30 e pouco por cento nas pesquisas. É muito estranho. Veja outros estados. Em São Paulo, Alckmin tem maioria dos apoios no parlamento e já passou dos 50%.
Eunício Oliveira, no Ceará, tem a maioria dos apoios na Assembleia e Câmara Federal e já passou de 50%. Veja que os candidatos em outros estados que têm ampla aliança estão todos na faixa de 50% ou 60%, e isso é o mais sintomático. Henrique era para ter uma eleição com diferença enorme, mas não é isso que está acontecendo”.

Fábio comenta que outro fato dessas eleições que favorece a candidatura de Robinson é a divisão política nos municípios. “Mesmo que Henrique leve diferença, tem cidade que quem é verde é verde, quem é vermelho é vermelho. E mais: já sofreram muito com o PMDB e não vão acompanhar.

Ele continua: “Temos recebido muitas adesões espontâneas, querendo fazer campanha propositiva, querendo discutir o RN. O governador Robinson está preparado para discutir o RN, faz quatro anos que percorre todas as cidades do RN, conversando com eleitores, sabendo das deficiências, e tem isso tudo montado. Espero que seja uma campanha propositiva. Estamos muito tranquilos”, concluiu.

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