COISAS DO MAL
Ele matou a própria mãe com golpes de pia na cabeça e
ainda dormiu ao lado do corpo. Esse é Rafael Cruz Cordeiro de 18 anos, preso em
flagrante na ultima segunda-feira (28) por policiais da 22ª Companhia Independente da
Polícia Militar (CIPM) em Simões Filho, município da Região Metropolitana de
Salvador.
Em entrevista, Rafael confessou o assassinato e atribuiu
a forças do mal o crime que chocou os moradores do loteamento Big Áurea,
localizado no CIA I. Em depoimento, ele contou com detalhes como tirou a vida
da mãe, identificada como Iraci Vieira da Cruz, 53. Na noite de domingo (27),
segundo o acusado, ele teve uma briga com a mãe. A casa ficou destruída.
Após a discussão, Iraci se acalmou e foi dormir. Esse foi
o momento que Rafael aproveitou para imobilizar e amarrar a vítima.
Depois de ameaças, ele arrancou a pia do banheiro e
golpeou diversas vezes a cabeça da mulher. O rosto ficou desfigurado. Depois de
confirmar a morte da mãe, Rafael deitou ao lado do corpo e dormiu. Na manhã de
segunda-feira, o pai e o irmão do acusado chegaram à casa da família e
encontraram os dois deitados na cama. Eles amarraram Rafael e chamaram a
polícia. A cena do crime era de guerra. O delegado Rogério Pereira, responsável
pelo caso, encontrou o corpo de Iraci despido e com as pernas abertas. A
suspeita é que o Rafael possa ter estuprado a mãe. “Existe a possibilidade pela
posição que o corpo foi encontrado: amarrado, pernas afastadas. Só poderei
confirmar, ou não, depois de exames no corpo da vítima no IML”. Em entrevista
para a Record Bahia, Rafael confessou que já abusou da mãe, mas negou o estupro
na noite do crime. Visivelmente transtornado, ele garante que não estava sob
efeito de drogas no momento em que assassinou Iraci. “Parei de usar. Foi algo
que tomou conta do meu corpo e me fez fazer aquilo. Não fui eu”, se defende.
Também em entrevista, o pai de Rafael disse que perdoa o filho pelo crime. Ele
não morava na casa da família e era separado de Iraci. “Eles se davam muito
bem. Nunca esperamos que isso possa acontecer. Não tenho o que dizer. Não tenho
palavras. Só lamentar”. Rafael foi apresentado na sede da 22ª Delegacia
Territorial (DT) onde permanece preso. O delegado pedirá exames para saber se o
acusado sofre com algum tipo de distúrbio mental.
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