Esgoto volta a poluir Areia Preta

MÃE LUÍZA- TUBULAÇÃO ROMPE E ESGOTO VOLTA A POLUIR PRAIA

Pedro Andrade

repórter

Devido às chuvas ocorridas na capital potiguar na última segunda-feira, 28, parte da tubulação provisória para o esgoto de Mãe Luíza desconectou, causou o deslizamento de material que bloqueou novamente a avenida Silvio Pedroza e o esgoto volta a cair no mar. A estrutura montada na área da cratera fica enterrada e para fazer o reparo é necessário retirar parte da lona e escavar. Por isso, o chefe de operações de esgoto da Regional Natal Sul da Companhia de Águas e Esgotos do Estado (Caern), Raulyson Ferreira de Araújo, afirma que a reconexão será feita amanhã (31), quando a previsão climática aponta tempo aberto. Se não houver imprevistos, o serviço é feito em um dia.

Emanuel Amaral

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Raulyson explica que, com a chuva, parte da encanação próximo à área de rompimento ficou exposta. Devido ao problema, o cano foi levantado para que a saída de esgoto ficasse por cima da lona e não ter perigo de prejudicar o terreno. “Como está passando por cima da lona, não tem perigo de desestabilizar o terreno”, explica. Ele acrescenta que o clima instável torna perigoso o trabalho no local. “É preciso retirar a lona que vem segurando o material, fazer escavação e depois o reparo. Fica perigoso se voltar a chover durante o serviço, podendo ter novo deslizamento de material”.

Segundo Raulyson Ferreira, o serviço é executável em um dia, se não chover ou tiver problemas com novos deslizamentos, mas, até lá, “o esgoto no mar vai ser um mal necessário para evitar uma tragédia maior”.

Também devido às chuvas, o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Município, Paulo César Ferreira, afirma que parte da lona rasgou e que o reparo ficará à cargo da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi). Segundo o titular da pasta, Tomaz Pereira Neto, o reparo foi feito na tarde de ontem,  junto à colocação do cano de esgoto sobre a lona.

O secretário de Obras explica que a tubulação rompeu devido à grande quantidade de água das chuvas que foi jogada na rede de esgoto. “Muitas casas em Mãe Luíza têm o quintal cimentado e, para escoar água de chuva, colocam um ralo, que acaba levando essa água para a rede de esgoto, que não é dimensionada para esse volume”, disse.

Até o dia 10 de agosto o Município aguarda a aprovação por parte do Ministério das Cidades para o projeto definitivo de contenção apresentado no último dia 23, em Brasília. O secretário de Obras Públicas e Infraestrutura conta que o projeto levado sugere uma cortina de concreto atirantado com quase nove metros abaixo do nível do solo atual, para ter uma base mais resistente. “As outras opções eram um muro de arrimo – que era o que existia, mas não suportou – e uma estrutura de gabião [pedras envolvidas com arame], que foi descartada por possível depredação e furto do material”, disse.