Com as últimas pesquisas de intenções de voto, o Ibope e a Datafolha, indicando uma disputa no segundo turno entre Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL), o prefeito fez questão de frisar que esse domingo é um dia absolutamente decisivo. “Tenho muita confiança no povo, numa decisão muito racional”, diz. “Com todo respeito pelos eleitores do Índio, do Osório e do Bolsonaro, aquele que tem mais chance de vencer o Freixo e ir para o segundo turno é o Pedro Paulo”, acrescenta. Paes, sempre com o candidato do PMDB ao seu lado, ainda ainda ressaaltou que essa é uma eleição muito atípica, com segundo turno indefinido. “Claro que você sempre quer que o seu candidato esteja em primeiro lugar. Não tiro o crédio das pesquisas, mas essa eleição é diferente, morna, basta ver a nossa chegada aqui. Não tem a presença de cabo eleitoral ou boca de urna.”
O prefeito também comentou reportagem publicada ontem no site de VEJA, em que ele aparecia em grupo de Whatsapp comentando os resultados das últimas pesquisas não correspondia às expectativas e pedia para os aliados fossem para as ruas hoje. No grupo, ainda publicou um texto assinado por o cientista político Geraldo Thadeu, divulgado pelo jornal O Dia, que sugere uma operação de boca de urna em prol de Pedro Paulo. “Não incentivei a boca de urna, mas a presença dos aliados na rua. Nós temos muitos candidatos a vereadores e parlamentares. Eu mesmo vou ficar rodando com Pedro Paulo pela cidade acompanhando as eleições”, comenta.
No mesmo grupo de Whatsapp, com a hashtag #chegajunto, Paes também comentou outras disputas eleitorais que surpreenderam nas urnas e voltou a repetir nesta manhã, logo após votar: “Em 2008 parecia que eu estava derrotado pelo Fernando Gabeira e ganhei a eleição. Acompanhei muito de perto o César Maia em 1992, quando ele aparecia atrás de Cidinha Campos por oito pontos e chegou ao segundo turno contra a Benedita da Silva”, ressalta. Ele ainda citou o pleito de 2000, quando tudo indicava que o segundo turno seria entre Luiz Paulo Conde e Benedita, e César Maia ganhou por 7 000 votos. “Não tenho nada pessoal contra os candidatos, mas não é a cara do Rio ter um segundo turno com o bispo Crivella e Marcelo Freixo, candidatos estreitos e que pouco dialogam”, faz questão de repetir.
A três meses de deixar a prefeitura do Rio, Paes já demonstra saudosismo. “Até o meu mais ferrenho adversário político reconhece o meu amor pelo Rio. Não estou gostando dessa história do meu cafezinho estar ficando frio. Daqui a pouco vai estar gelado”, brinca. Questionado sobre a possibilidade de sair candidato ao governo estadual em 2018, o prefeito foi reticente e saiu pela tangente: “Deixo a prefeitura com muita tristeza, gostaria de ficar governando essa cidade por muito tempo.” O prefeito, que após o término de seu mandato, passará um período nos Estados Unidos - “entre 6 meses e um ano”- também comentou uma pesquisa que mostrou uma queda na sua popularidade após a Olimpíada. “Assim que sair da prefeitura faço uma terapia”, completou, com bom humor.
Por: Sofia Cerqueira/Veja
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