CORONAVÍRUS
Coronavírus - Reprodução
Rio - Um dia após ultrapassar a Espanha, o Brasil superou neste sábado, 30, a França em número de mortes por coronavírus e agora é o quarto país no mundo com a maior quantidade de óbitos.
Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, o país europeu tem 28.717
mil mortes. Já o Brasil acumula o saldo total de 28.834 com os 956
óbitos registrados nas últimas 24 horas. A taxa de letalidade é de 5,8%,
ou 13,7 mortes a cada 100 mil habitantes.
O Brasil está atrás apenas dos Estados Unidos (103,4 mil mortes), Reino Unido (38,4 mil) e Itália (33,3 mil), mas estes dois últimos já passaram pelo pico da doença e apresentam números cada vez menores.
Além
disso, de acordo com o balanço do Ministério da Saúde divulgado neste
sábado, o País registrou de sexta para sábado o recorde de 33.274 novos
casos de infecção, elevando o total de contaminados para 498.440. Em
números absolutos, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de
infecção por covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam 1,7
milhão.
Mais de 268,7 mil casos ainda aguardam resultado de
exame. Os laboratórios públicos e privados realizaram 930 mil testes no
total, um número muito baixo em relação ao tamanho da população e aos
outros países com muitos casos positivos. A testagem é considerada uma
das principais ferramentas de combate ao coronavírus, pois é possível
detectar as pessoas infectadas, mesmo aquelas que são assintomáticas, e
isolá-las, a fim de evitar a propagação.
O secretário substituto
de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, voltou a dizer na coletiva
realizada na sexta-feira que o Ministério da Saúde não trabalha com
estimativa de pico do coronavírus, pois "somos um país continental" e as
doenças se comportam de forma distinta nas regiões, disse.
"A
gente está trabalhando com doença nova com certo nível de complexidade.
Muitas pessoas têm sintomas leves, acabam não procurando o sistema de
saúde e podem transmitir o vírus para outras pessoas. A maioria dos
casos que aparecem é de sintomas mais pronunciados", explicou.
O
Brasil está perto de ter meio milhão de infectados, mas Estados como São
Paulo e Ceará já falam em uma retomada gradual das atividades. O
governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) decretou neste sábado
a reabertura de igrejas e parques na região.
O Estado de São
Paulo, que desde o início é o epicentro da doença, anunciou um programa
de relaxamento das medidas distanciamento social, o Plano São Paulo, que
passa a vigorar a partir do dia 1º. De ontem para hoje, a região teve
5,5 mil novos casos de contaminação e 257 mortes, elevando o total para
107,1 mil e 7,5 mil respectivamente. Os três maiores recordes de número
de novos casos por dia da pandemia, desde março, foram atingidos, nesta
quinta (6,3 mil), sexta (5,6 mil) e sábado.
(Por:Estadão Conteúdo)
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