BRASIL, POLÍTICA
Fabrício Queiroz durante a inauguração da loja de chocolates de Flávio
Bolsonaro em um shopping da Barra da Tijuca em 2015, no Rio de
Janeiro //Reprodução
Diferentemente da tranquilidade com que disse ter recebido a notícia
da prisão de Fabrício Queiroz na casa de seu advogado, o senador Flávio
Bolsonaro (Republicanos-RJ) agora tenta emplacar a narrativa de
perseguição política ao caso – atribuindo a culpa das investigações ao
governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.
Em entrevista concedida ao jornal carioca Correio da Manhã
nesta sexta-feira,19, o filho do presidente afirma que a prisão de
Queiroz foi feita “sem nenhum fato novo” e lamentou que “algumas
pessoas” estejam usando o fato para uma “disputa política”.
No suposto complô de Witzel contra Bolsonaro, segundo o senador,
estaria o juiz que autorizou a prisão de Queiroz a pedido dos
investigadores do Ministério Público, Flávio Itabaiana.
“Alguns dias atrás, uma das minhas advogadas já havia dito que
pleitearia a suspeição do juiz Flavio Itabaiana, porque ele é uma pessoa
que tem a filha como empregada do governador Wilson Witzel, a sócia da
filha dele também está empregada no governo Witzel. Claramente é uma
pessoa que interfere nas negociações e possui um vínculo direto com o
juiz Flavio Itabaiana, que é o responsável por essa ordem hoje, da
prisão”, disse.
As investigações do MP presentes na decisão de Itabaiana mostram que Queiroz atuou para ocultar seu paradeiro em Atibaia, na casa de Frederick Wassef,
advogado da família Bolsonaro, que era tratado por ele pelo codinome
“anjo”. Diálogos presentes no despacho também demonstram como o ex-assessor de Flávio agia para orientar a esposa a se esconder e evitar ficar exposta aos investigadores.
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