Revista Fórum
O deputado federal
Alfredo Kaefer (PSDB-PR) concentra o maior patrimônio declarado à
Justiça Eleitoral entre os candidatos que garantiram uma vaga na Câmara
dos Deputados no último pleito. No entanto, negou o pagamento de menos
de mil reais em um processo, alegando não ter condições financeiras para
arcar com a despesa.
Após responder a uma
ação judicial e ser condenado, ele precisou assumir todos os custos do
processo, que inclui, entre outros, o pagamento de honorários dos
advogados das partes envolvidas. Porém, ele disse à Justiça que não tem
como pagar o valor, correspondente a R$ 910.
De acordo com a
decisão publicada na quarta-feira (19), a juíza da 1ª Vara Cível de
Cascavel, no oeste do Paraná, Gabrielle Britto de Oliveira, negou o
pedido de benefício de assistência judiciária integral, por acreditar
que o político agiu de má fé. “Não é crível que o embargante
[Alfredo Kaefer], com patrimônio declarado de mais de 100 milhões de
reais, teria sua situação financeira abalada pelo pagamento das custas
do processo. Seria, no mínimo, total falta de bom senso acreditar nisso”, escreveu na decisão.
O deputado não
comprovou que o pagamento causaria desequilíbrio financeiro ou atingiria
a manutenção das necessidades da família. Kaefer tem o prazo de dez
dias após o recebimento da notificação, para pagar, em até dez vezes, as
custas do processo.
Reeleito com 82.554
votos para o terceiro mandato, o empresário possui, segundo a declaração
de bens, R$ 108,5 milhões divididos principalmente em créditos da venda
de ações e em cotas de empresas de seguro e de previdência privada, do
frigorífico Diplomata e dos jornais Hoje e O Paraná (RCK Comunicações),
da cidade de Cascavel (PR).
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