OCUPAÇÃO
Desconfiança. Assim reagiram
moradores do Complexo do Chapadão à primeira ação de intervenção do
Exército, na final da tarde dessa segunda-feira (19), no Rio de Janeiro.
Foram fechadas entradas de bairros como Guadalupe, Pavuna e Anchieta,
todos na zona Norte. "Essa intervenção é apenas uma maquiagem. Já vi
isso outras vezes. Daqui a um tempo, vai tudo continuar como era antes",
afirmou a motorista Cristina Piranga, de 37 anos.
Em entrevista à Folhapress, a moradora de Guadalupe era uma das que
observava as barreiras erguidas nas regiões consideradas mais perigosas.
É por elas que passam os chamados bondes – grupos de traficantes
fortemente armados.
Muitos, ao contrário da motorista, preferiram
não se manifestar sobre a ocupação, que gerou muito engarrafamento na
região. Na opinião de Piranga, que vive em uma localidade considerada
extremamente perigosa do bairro e presencia ""tiroteio, bailes
intermináveis e cargas sendo vendidas" , a intervenção só expõe "o filho
dos outros" (sic).
À agência de notícias, o aposentado Jair Matias, 58, também relatou
descrença com a operação militar: "Aqui tem muito bandido. Tem que
colocar uns 200 tanques desses", referindo-se a um tanque Guarani –
blindando do Exército de sete metros de comprimento e capacidade para
transportar até 11 militares."Vamos ver o que vai acontecer. Torço pelo
sucesso, mas não acredito muito", completou o aposentado.
(por Notícias Ao Minuto)
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