A mãe de Iasmin Lorena de Araújo, de 12 anos - a menina que despareceu
no último dia 28 de março no bairro da Redinha, em Natal - precisou
prestar novo depoimento nesta quinta-feira (26) após a prisão do pedreiro Marcondes Gomes da Silva, de 45 anos.
Principal suspeito do desaparecimento da garota, ele foi preso no
início da tarde em uma praia no litoral Norte do estado. Ele nega o
crime.
Ingrid de Araújo foi conduzida por policiais civis até a Divisão de
Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) quando estava no Instituto
Técnico-Científico de Perícia (Itep). Ela havia ido ao Itep para
entregar material genético para ajudar os peritos criminais a
identificar um corpo encontrado nesta última terça-feira, em uma casa em construção, na vizinhança onde a família mora.
Conforme informou a Polícia Civil, já nesta noite, a mãe e o pai de
Iasmin foram conduzidos à delegacia para apresentar mais
esclarecimentos. Enquanto Marcondes, que foi preso no início da tarde em
uma praia nas imediações de Touros, era ouvido na Delegacia Geral de
Polícia Civil (Degepol), Ingrid prestava depoimento na DHPP.
De acordo com a titular da Delegacia Especializada em Defesa da Criança
e do Adolescente (DCA), delegada Dulcinéia Costa, que conduz as
investigações, o objetivo da convocação dos pais da adolescente seria
confrontar informações passadas pelo pedreiro Marcondes Gomes.
Boatos
Especificamente sobre a condução da mãe à delegacia, a delegada da DHPP
Thais Aires reforçou ainda que "não há qualquer indício da participação
dela [da mãe de Iasmin] no crime".
A preocupação da Polícia Civil em reforçar a informação da não
participação da mãe de Iasmin é que, durante a tarde, boatos se
espalharam nas redes sociais sobre uma suposta participação dela na
morte da própria filha. A informação não é confirmada, até o momento,
pelas equipes que conduzem a investigação.
À Inter TV Cabugi, Ingrid de Araújo negou participação no crime. "Sou inocente", disse.
Prisão de suspeito
Segundo a Delegacia Especializada em Defesa da Criança e do Adolescente (CDA) ele é o principal suspeito do caso.
De acordo com a Polícia Militar, os policiais receberam uma informação
de que o homem tinha sido visto caminhando na orla, entre as praias de
Perobas e Carnaubinha, por volta do meio-dia. Quando a PM chegou ao
local, encontrou o suspeito sentado em uma barraca.
Aos policiais, Marcondes afirmou que foi caminhando de Natal até lá,
pela beira da praia, e passou dois dias em Rio do Fogo. Ele ainda
declarou que seguia para a casa de uma sobrinha em São José de Touros,
no município de Touros, onde iria procurar apoio para encontrar um
advogado e se apresentar à polícia.
Corpo encontrado
Na última terça (24), um corpo foi encontrado enterrado em uma casa em
construção na Rua José Acácio de Macedo (antiga Rua Número 10), a mesma
onde mora a família da garota. Em razão do avançado estado de
decomposição do cadáver, a família de Iasmin ainda aguarda pela
identificação oficial da vítima, o que só será possível por meio de um exame de DNA. Até lá, o corpo não pode ser liberado para sepultamento e permanece no Itep.
O suspeito que até então era o pedreiro responsável pela obra na casa
onde o corpo foi encontrado, sumiu assim que as equipes das polícias
Civil e Militar começaram as buscas no imóvel. O cadáver foi achado
graças a um cão farejador do Batalhão de Choque da PM.
(Por G1 RN)
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