sexta-feira, 27 de abril de 2018

Mãe de Iasmin Lorena presta novo depoimento após prisão de principal suspeito de desaparecimento da filha. Polícia Civil é enfática ao negar qualquer participação dela no desaparecimento da adolescente.

ESCLARECIMENTO
 Ingrid de Araújo, mãe da menina Iasmin Lorena, desaparecida desde março em Natal (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
 Ingrid de Araújo, mãe da menina Iasmin Lorena, desaparecida desde março em Natal (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi) 

A mãe de Iasmin Lorena de Araújo, de 12 anos - a menina que despareceu no último dia 28 de março no bairro da Redinha, em Natal - precisou prestar novo depoimento nesta quinta-feira (26) após a prisão do pedreiro Marcondes Gomes da Silva, de 45 anos. Principal suspeito do desaparecimento da garota, ele foi preso no início da tarde em uma praia no litoral Norte do estado. Ele nega o crime.

Ingrid de Araújo foi conduzida por policiais civis até a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) quando estava no Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep). Ela havia ido ao Itep para entregar material genético para ajudar os peritos criminais a identificar um corpo encontrado nesta última terça-feira, em uma casa em construção, na vizinhança onde a família mora. 

Conforme informou a Polícia Civil, já nesta noite, a mãe e o pai de Iasmin foram conduzidos à delegacia para apresentar mais esclarecimentos. Enquanto Marcondes, que foi preso no início da tarde em uma praia nas imediações de Touros, era ouvido na Delegacia Geral de Polícia Civil (Degepol), Ingrid prestava depoimento na DHPP.

De acordo com a titular da Delegacia Especializada em Defesa da Criança e do Adolescente (DCA), delegada Dulcinéia Costa, que conduz as investigações, o objetivo da convocação dos pais da adolescente seria confrontar informações passadas pelo pedreiro Marcondes Gomes.

Boatos

Especificamente sobre a condução da mãe à delegacia, a delegada da DHPP Thais Aires reforçou ainda que "não há qualquer indício da participação dela [da mãe de Iasmin] no crime". 

A preocupação da Polícia Civil em reforçar a informação da não participação da mãe de Iasmin é que, durante a tarde, boatos se espalharam nas redes sociais sobre uma suposta participação dela na morte da própria filha. A informação não é confirmada, até o momento, pelas equipes que conduzem a investigação. 

À Inter TV Cabugi, Ingrid de Araújo negou participação no crime. "Sou inocente", disse.

Prisão de suspeito


 Segundo a Delegacia Especializada em Defesa da Criança e do Adolescente (CDA) ele é o principal suspeito do caso. 

 Pedreiro Marcondes Gomes da Silva, suspeito do desaparecimento de Iasmin Lorena, em Natal, foi preso no litoral potiguar (Foto: PM/Divulgação)
 Pedreiro Marcondes Gomes da Silva, suspeito do desaparecimento de Iasmin Lorena, em Natal, foi preso no litoral potiguar (Foto: PM/Divulgação)

De acordo com a Polícia Militar, os policiais receberam uma informação de que o homem tinha sido visto caminhando na orla, entre as praias de Perobas e Carnaubinha, por volta do meio-dia. Quando a PM chegou ao local, encontrou o suspeito sentado em uma barraca. 

Aos policiais, Marcondes afirmou que foi caminhando de Natal até lá, pela beira da praia, e passou dois dias em Rio do Fogo. Ele ainda declarou que seguia para a casa de uma sobrinha em São José de Touros, no município de Touros, onde iria procurar apoio para encontrar um advogado e se apresentar à polícia.

Corpo encontrado

Na última terça (24), um corpo foi encontrado enterrado em uma casa em construção na Rua José Acácio de Macedo (antiga Rua Número 10), a mesma onde mora a família da garota. Em razão do avançado estado de decomposição do cadáver, a família de Iasmin ainda aguarda pela identificação oficial da vítima, o que só será possível por meio de um exame de DNA. Até lá, o corpo não pode ser liberado para sepultamento e permanece no Itep. 

O suspeito que até então era o pedreiro responsável pela obra na casa onde o corpo foi encontrado, sumiu assim que as equipes das polícias Civil e Militar começaram as buscas no imóvel. O cadáver foi achado graças a um cão farejador do Batalhão de Choque da PM. 

 (Por G1 RN)

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