Estende-se por mais de 6h o depoimento do pedreiro Marcondes Gomes da Silva, 45 anos, preso na tarde desta quinta-feira, em Rio do Fogo, em cumprimento de mandado de prisão em que ele é apontado como principal suspeito no caso da menina Yasmin, que ao que se indica as investigações teve seu corpo enterrado na casa em que Marcondes trabalhava.
O depoimento até o momento é mantido em
sigilo, mas as delegadas Adriana Shirlei e Dulcineia Costa, afirmaram
que a principal versão de Marcondes apontando a mãe de Yasmin com
possível envolvimento na morte da filha, não se sustenta e não há
qualquer indício na investigação que aponte o fato. Marcondes confessou
participação, mas diz não ser autor principal do crime.
Os pais de Yasmin, Aldair Félix e Ingrid
Araújo também foram ouvidos em outra unidade da polícia civil. A mãe
inclusive informou que irá processar as pessoas que espalharam boatos
sobre um possível caso amoroso com o suspeito.
“Ele quer me incriminar. Ele disse que eu
tava com ele”, relatou Ingrid Araújo ao jornalista Dinarte Assunção,
após também ter sido ouvida pela polícia. O suspeito teria afirmado que
vivia uma relação extraconjugal com a genitora da adolescente
assassinada.
A Polícia Civil não viu fundamento na acusação feita pelo preso. Tanto que a mãe de Yasmin foi liberada após o depoimento.
Marcondes da Silva era vizinho de Yasmin.
A casa dele foi saqueada por populares na noite da terça-feira. O
imóvel que ele construía, e onde o corpo da menina foi encontrado,
ficava no meio do caminho que a vítima ia seguir para entregar uma
quantia de R$ 30 que a mãe devia a uma amiga. Todos os endereços ficam
encravados na Rua José Acácio de Macêdo, na Redinha, bairro da zona
norte natalense.
(Por Júlio Rocha e Ayrton Freire/Portal no Ar)
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