CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Marcos Pontes, primeiro astronauta brasileira a ir para o espaço (//Divulgação)
Anunciado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro como ministro da Ciência e Tecnologia em seu governo, o astronauta Marcos Pontes
vai ter sob seu comando as 63 universidades federais que hoje estão
vinculadas ao Ministério da Educação. A transferência da
responsabilidade pelas instituições de ensino superior para a pasta foi
confirmada pelo vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão.
“Nós estamos muito fracos dentro das nossas universidades em
pesquisa e desenvolvimento. Não há um compasso entre o que a
universidade muitas vezes faz e as necessidades em pesquisa. É preciso
casar com o sistema de pesquisa e tecnologia. Então, a partir daí, você
teria uma orientação comum do que a gente realmente necessita. Estamos
totalmente defasados e a era do conhecimento necessita de
desenvolvimento mais do que nunca”, disse Mourão a VEJA.
Primeiro brasileiro a viajar para o espaço em 2006, Pontes é
tenente-coronel da Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo o currículo
divulgado em seu site oficial, o militar é engenheiro aeronáutico
formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), com mestrado em
engenharia de sistemas pela universidade americana Naval Postgraduate
School.
Sua primeira experiência na política foi em 2014, quando concorreu a
deputado federal em São Paulo pelo PSB, mas não foi eleito. Filiado ao
PSL de Bolsonaro desde o início do ano, Marcos Pontes chegou a ser
cogitado para compor a chapa como candidato a vice-presidente, mas
acabou não sendo escolhido para a vaga. No último dia 7, foi eleito
segundo suplente do senador eleito Major Olímpio (PSL-SP).
O anúncio do astronauta para comandar a pasta de Ciência e Tecnologia
já era dado como esperado havia alguns dias. Na segunda-feira, Marcos
Pontes afirmou em uma rede social que “só faltava o anúncio oficial”
para que pudesse ser confirmado para o cargo. No mesmo dia, Bolsonaro
afirmou, em entrevistas a emissoras de televisão, que ele estava “quase”
certo para a posição.
“Muitas coisas para fazer. Como eu sempre digo: educação para formar
cidadãos qualificados, ciência para desenvolver ideias e soluções
específicas para o Brasil, tecnologia para transformar essas ideias em
inovações que vão se transformar em novos produtos que vão se
transformar em novas empresas e gerar novos empregos. E esse ciclo
virtuoso é o que nós queremos criar no Brasil”, afirmou, na gravação.
(Veja.com.br)
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