INDULTO
Presidente Michel Temer em encontro do G-20 Foto: ALEJANDRO PAGNI / AFP
BUENOS AIRES — No âmbito do encontro do
G-20
na capital argentina, o presidente
Michel Temer
se referiu ao
indulto de Natal
e disse que só se arrependeria de sua posição sobre o assunto “se o Supremo contestasse o foco jurídico” da medida.
— Eu ficaria caceteado se depois de um longo percurso o Supremo dissesse
que o Temer errou sobre o foco jurídico. Arrependimento haveria se
contestassem o foco jurídico — declarou o presidente.
Temer também disse que o governo está "fazendo uma das transições mais
civilizadas e cordiais de que se tem notícias nos últimos tempos".
Nesta quinta-feira,
a maioria dos ministros STF decidiu não impor limites ao decreto assinado por Temer em 2017
, que abriria a possibilidade de perdão judicial a políticos condenados
na Lava-Jato. O julgamento foi interrompido pelo pedido de vista do
ministro Luiz Fux e não tem data para recomeçar.
Seis magistrados apresentaram voto defendendo a prerrogativa exclusiva
do presidente em estabelecer os parâmetros do perdão judicial a
criminosos. Apenas Luís Roberto Barroso, relator, e Edson Fachin votaram
para restringir o indulto.
O decreto assinado por Temer concedeu perdão judicial a criminosos que
tivessem cumprido um quinto da pena em qualquer caso de crime praticado
sem violência. Autoridades enxergaram no texto — o mais abrangente dos
últimos 30 anos — uma tentativa de livrar da cadeia condenados pela
Lava-Jato.
(Janaina Figuiredo/O Globo)
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