O câncer tem sido a principal causa de mortes em 11 cidades, no Rio
Grande do Norte. A informação é de uma pesquisa publicada pelo
Observatório de Oncologia, que monitora dados sobre câncer no país, em
parceria com o Conselho Federal de Medicina. O estado seria o segundo do
Nordeste entre aqueles em que a doença é a principal causa de morte
entre a população.
São José do Campestre, município localizado a 110 quilômetros de Natal,
lidera o ranking no território estadual com mais mortes por câncer
entre seus habitantes. Somente em 2015 foram 18 óbitos em virtude da
doença.
Nos anos seguintes o câncer permaneceu mortal em São José de Campestre,
mas reduziu quase pela metade nos anos seguintes: 10 mortes em 2016;
nove mortes em 2017; e três mortes até o momento, em 2018, apontou o
estudo.
Uma das pessoas que sofreram e ainda sofrem com o câncer é a agente de
saúde Maria das Dores de Souza, moradora exatamente do município
interiorano do estado. Ela descobriu em 2015 que tinha câncer de mama,
mas após vencer a luta contra a doença, novamente foi acometida, desta
vez nos rins.
"Morro de medo pelos meus filhos porque por parte de pai e mãe a gente
já teve. O pai chegou a falecer e eu estou, graças a Deus, vencendo.
Venci o de mama e, três anos depois, venci o de rim. Mas é assustador",
relatou ela à reportagem da Inter TV Cabugi.
Mais de três mil mortes em 2015
No Rio Grande do Norte, 3.158 pessoas morreram em virtude de algum tipo
de câncer em 2015. A maioria das vítimas tinha faixa etária de 70 a 79
anos: 746 delas, ou 23,6% do total. O estudo do Observatório de
Oncologia também aponta que mais da metade dos potiguares que morreram
naquele ano eram do sexo masculino: 1.627, o que representa 51,5% do
total. O público feminino ficou com 48,5%, (em número absolutos: 1.531
vítimas).
Juntamente com São José do Campestre estão mais dez cidades onde o
câncer mata mais do que outras variáveis: Messias Targino, com nove
mortes em 2015; Ouro Branco, Parazinho, Rafael Fernandes e Senador Elói
de Souza, com sete mortes cada; Pilões e Serrinha dos Pintos, com seis
óbitos em cada; Pedra Grande, com cinco mortes; e Santana do Seridó e
Taboleiro Grande, ambos com duas mortes por câncer cada.
(Por G1 RN)
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