CBF
Rogério Caboclo é ligado a Del Nero, que está suspenso (Lucas Figueiredo/CBF/Divulgação)
O candidato único Rogério Caboclo foi eleito presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)
para um mandato de quatro anos, inicialmente programado para ter início
em abril de 2019, em eleição realizada nesta terça-feira. Caboclo
recebeu votos de todos os vinte clubes da série B, com peso 1, e de
dezessete da série A, com peso 2. O Atlético-PR não enviou representante, o Flamengo se absteve e o Corinthians votou em branco.
O candidato ainda teve voto das 27 federações estaduais, que têm peso
triplo na eleição. Com 135 votos, ele substituirá o presidente afastado
da entidade, Marco Polo Del Nero – investigado em
escândalo de corrupção e suspenso pela Fifa – a partir de abril do
próximo ano, ficando no comando até abril de 2023.
Advogado e administrador de empresas, Rogério Caboclo, 45 anos, é de uma família ligada ao São Paulo
– seu pai, Carlos Caboclo, foi diretor do clube – e entrou de maneira
mais efetiva no futebol há menos de vinte anos. Inicialmente, exerceu
cargo na diretoria financeira do clube do Morumbi. Pouco depois, chegou à
Federação Paulista, onde estreitou relações com Del Nero e se tornou
seu homem de confiança, exercendo cargos na área financeira, e também
sendo responsável por alguns projetos na casa.
Quando Del Nero assumiu a CBF, em 2015, Caboclo assumiu o posto de
diretor executivo. Com o passar do tempo, e com as complicações
envolvendo o então presidente, foi ganhando espaço. Foi diretor o Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014, com salários mensais de cerca de 100.000 reais, e atualmente exerce função semelhante no Comitê Organizador Local da Copa América de 2019, que o Brasil vai sediar. Ele também já foi escalado pela CBF para ser o chefe da delegação da seleção brasileira durante a Copa do Mundo da Rússia.
(com Estadão Conteúdo)
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