Eduardo da Fonte e Ciro Nogueira (Câmara dos Deputados/Ag. Senado)
O deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI) são suspeitos de tentar comprar o silêncio de um ex-assessor que seria colaborador da Operação Lava Jato contra eles, segundo a Procuradoria-Geral da República. Esse foi o motivo dos mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira contra eles, em seus gabinetes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal e apartamentos funcionais.
Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Lava Jato. Também nesta terça-feira foi preso o ex-deputado federal Márcio Junqueira, de Roraima, apontado como intermediário dos parlamentares.
De acordo com informações do jornal O Estado de S.Paulo, o esquema investigado pela Procuradoria-Geral da República inclui o pagamento de despesas pessoais, ameaças e proposta para a mudança do teor de depoimento que incriminaria os alvos da operação deflagrada nesta manhã. Com as medidas cautelares, a PGR pretende reunir mais provas de que os parlamentares atuaram para comprar o silêncio do ex-assessor.
Defesas
O senador Ciro Nogueira está em Bruxelas, na Bélgica, para participar da 41ª Sessão do Comitê de Direção da União Interparlamentar para a Organização Mundial do Comércio (OMC). O encontro começa nesta terça-feira e vai até quinta-feira, 26. Em nota divulgada nesta manhã, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, responsável pela defesa do senador, afirmou que não sabia em qual país Nogueira estava e que não havia conseguido contato com ele. O advogado afirmou ainda que a defesa desconhece ‘as razões da determinação judicial do ministro (Edson) Fachin’.O deputado Eduardo da Fonte ainda não foi localizado pela reportagem.
(Com Estadão Conteúdo)
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