Que torcida é essa? Diante de 45.977 presentes no Maracanã, os jogadores do Flamengo participam do último treinamento antes de encarar os colombianos do Santa Fé, pela Libertadores - Alexandre Brum / Agencia O Dia
Rio - O
Flamengo e sua torcida reviveram os grandes momentos do Maracanã da
antiga geral. Ingressos trocados por um quilo de alimento permitiram o
acesso de quem vem tendo dificuldades financeiras de ir aos jogos,
Quarenta e cinco mil pessoas compareceram, muitas há tempos sem entrar
no estádio, e tiveram a oportunidade de assistir e apoiar o time na
véspera do duelo com o Santa Fé-COL, pela Libertadores. Como o jogo às
21h45 desta quarta-feira será com portões fechados, resta aos jogadores
guardar na memória a imagem da bela festa.
"É mentalizar o momento em que entramos e vimos aquele
espetáculo. É difícil jogar sem torcida e nos resta imaginar que vai ter
60 mil pessoas torcendo pela gente. Eles fizeram linda festa e vamos
levá-la para o jogo", disse Vinicius Junior, novamente titular.
Com preços populares, a torcida transformou uma
terça-feira em domingo. Os rubro-negros encheram trens, metrô e o
entorno do Maracanã, que teve a desordem habitual de um dia de grande
jogo: ambulantes e cambistas agindo livremente, vendendo ingressos entre
R$ 10 e R$ 20. Dentro do estádio, a festa aconteceu após a entrada dos
jogadores, com Julio Cesar sendo o mais ovacionado. Mas também houve
espaço para protesto, principalmente o pedido por preços mais em conta
em uma faixa e no grito: "Baixa o ingresso". E ainda houve cobrança de
mais raça.
Mesmo assim, a tônica foi de apoio, com muitos cânticos
durante o treino, que durou menos de uma hora. E, no fim, os jogadores
reconheceram a bela demonstração de carinho, indo agradecer os
torcedores na arquibancada.
Um dos mais experientes, Juan sentiu um clima diferente ontem e lamentou a elitização das torcidas no futebol.
"É difícil, né? Depois da Copa, os estádios viraram de
primeiro mundo. Clubes ficam numa encruzilhada de pagar para jogar para
colocar o verdadeiro torcedor, o povão, ou cobra mais caro e deixa essas
pessoas fora. Eu não entendo muito sobre isso. Outros times têm esse
problema. Gostaríamos de ver todo tipo de torcedor no estádio, seria
legal ter essa diversidade, mas infelizmente nem sempre isso ocorre",
analisou o zagueiro.
ANDRÉS ATACA BANDEIRA
O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, acusou o
Flamengo de ter tentado contratar Rodriguinho e também oferecido R$ 1
milhão de salário ao técnico Fábio Carille. O mandatário rubro-negro,
Eduardo Bandeira de Mello, negou. "Acho um absoluto disparate. Nunca foi
feita proposta a nenhum dos dois, muito menos por esses valores. Tem
alguém enganando ele (Andrés)".
O próprio técnico corintiano brincou com o caso:
"(Receber) R$ 1 milhão por mês? Pego minha mala e tchau! (risos). Não
chegou nada para mim, pode ter sido para o meu agente". No início da
noite, Sanchez reforçou: "Pergunta ao Lomba (Ricardo, vice de futebol do
Fla). Manda ele dizer que não se encontrou com o Paulo Pitombeira
(empresário dos dois)".
(Agencia O Dia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário