BRASIL, POLÍTICA
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira (José Cruz/Agência Brasil)
O presidente Michel Temer decidiu neste sábado (31) pela ida de Dyogo Oliveira, atual ministro do Planejamento, para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Oliveira, porém, resiste à troca. A chefia do banco estatal está vaga
desde a semana passada, quando o ex-presidente da instituição Paulo Rabello de Castro deixou o cargo para concorrer à Presidência da República pelo PSC.
Se tiver mesmo de sair, Dyogo Oliveira pretende deixar no posto o
atual secretário executivo do ministério, Esteves Colnago. Dessa forma,
haveria continuidade na atuação da pasta, tal como vai ocorrer na
Fazenda, onde Henrique Meirelles será substituído pelo
atual número dois, Eduardo Guardia. Meirelles se filiará ao MDB para
tentar construir uma candidatura ao Planalto.
As alterações na composição do primeiro escalão do governo foram
discutidas neste sábado, no Palácio do Jaburu, onde Temer recebeu o
ministro-chefe da Secretaria de Governo, Moreira Franco, e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR).
Outro ponto delicado a ser definido é o comando da pasta de
Minas e Energia. Um dos cotados para o posto é o ex-diretor geral da
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Bastos. Sua
nomeação, contudo, enfrenta resistências na área técnica e coloca ainda
mais em risco a privatização da Eletrobrás.
Isso porque o secretário-executivo, Paulo Pedrosa, um dos
principais negociadores da privatização, tem dito a amigos que pretende
deixar o cargo se a troca no comando da pasta trouxer uma mudança na
condução política do programa. Pela mesma razão, o presidente da
estatal, Wilson Ferreira Jr., prepara-se para deixar o cargo. Uma fonte
do governo disse que essa baixa traria grandes prejuízos, uma vez que o
executivo tem segurado “no braço” os fortes ajustes que vêm sendo
realizados na estatal com o objetivo de prepará-la para a privatização.
Na conversa, falou-se sobre a permanência de Aloysio Nunes Ferreira
no comando do Ministério das Relações Exteriores. O senador tucano,
ainda não se decidiu, mas o mandato parlamentar dele termina neste ano
e, caso não se eleja a algum cargo nas eleições de outubro, perderá o
foro privilegiado a partir de 2019.
Mais cedo, Temer havia fechado a sucessão no Ministério da Saúde. O posto, hoje ocupado pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR), ficará com o atual presidente da Caixa, Gilberto Occhi. Para a presidência do banco irá o atual vice-presidente de Habitação, Nelson Antônio de Souza.
(Por
Estadão Conteúdo)
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