Projeto de lei quer aumentar número de taxistas em Natal — Foto: Ediana Miralha/ Inter TV Cabugi
Um projeto de lei que já está pronto para seguir para o plenário da
Câmara Municipal de Natal quer aumentar o número de taxistas na capital
potiguar. O assunto ganhou destaque com a discussão, também no
legislativo municipal, sobre a regulamentação dos aplicativos de
transporte de passageiros.
De acordo com o autor da proposta, o vereador Ney Lopes Júnior (PSD),
atualmente existem 1,1 mil taxistas na cidade, contra 7 mil motoristas
ligados apenas ao aplicativo Uber - um dos que prestam este tipo de
serviço. A ideia, de acordo com ele, é aumentar a equidade e a
competitividade entre as categorias.
O texto prevê que a cidade tenha um taxista para cada 500 habitantes.
Levando em consideração que o IBGE estimou uma população de 877.640 em
2018, na capital potiguar, o número de taxistas aumentaria para 1.755.
"O advento dos aplicativos é algo sem volta, no mundo todo. O que nós
podemos fazer é aumentar a capacidade de competitividade e equidade",
considera o vereador.
Para Ney Lopes, o aspecto mais prejudicial para os taxistas atualmente
seria não a concorrência com o Uber, mas a existência de várias placas
vinculadas a pessoas físicas ou a uma pessoa apenas, o que gera uma
espécie de aluguel dos carros.
"O que prejudica taxista é placa registrada no nome da cooperativa. O
profissional já sai de casa devendo. Isso também gera risco, porque ele
acaba às vezes tendo que virar a noite para conseguir pagar isso",
aponta.
No projeto de lei apresentado, a proposta é que de a concessão seja
feita vinculada ao CPF do taxista e cada um só possa ter um registro.
Além disso, só poderá conduzir o veículo ele ou "um motorista reserva"
registrado na Secretaria de Mobilidade Urbana.
De acordo com o texto apresentado, não seria permitida renovação de
concessões ligadas a pessoas jurídicas. Além disso, a pessoa que tiver
mais de uma placa só poderia renovar a concessão de uma.
"Tirando o corporativismo de alguns, qual seria o argumento para que
não haja essas mudanças? Essa proposta é geradora de emprego. Se isso
não ocorrer, o táxi está fadado a desaparecer na cidade", argumenta o
autor da proposta.
(Por G1 RN)
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