Ministro descartou qualquer questionamento do resultado final da votação - Keven Cobalchini / Ministério da Defesa
Rio - O ministro da Defesa, o general Joaquim Silva e Luna, afirmou, nesta sexta-feira, que a participação das Forças Armadas nas eleições 2018 será única e exclusivamente voltada para a garantia de que a votação transcorra em clima de normalidade, conforme assegura a Constituição. Segundo ele, os militares não vão interferir no processo político e não questionarão o resultado da votação, qualquer que venha a ser.
"A Bíblia das Forças Armadas é a Constituição Federal, o
Artigo 142 e as Leis Complementares. Fora desse caminho não há trilha,
não há caminhada jamais. Não há risco nenhum de as Forças Armadas
aceitarem ou deixarem de aceitar aquilo que é legal. Nós temos mais é
que garantir as instituições funcionando em condições normais e quando
solicitados garantir a lei e a ordem", disse o ministro.
Em seu caput, o Artigo 142 da Carta afirma: "As Forças
Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica,
são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base
na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do presidente
da República, e destinam-se à defesa da pátria, à garantia dos poderes
constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da
ordem."
Mal interpretado
Em entrevista ao Estadão no último dia 9 de setembro, o
general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, levantou a
hipótese de o governo eleito ter sua legitimidade questionada. A fala
foi interpretada por partidos de oposição como uma ameaça à democracia.
Segundo o ministro, no entanto, o general foi mal interpretado.
(por:Estadão Conteúdo)
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