Ministério ofereceu à Mônica a inclusão dela no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos - Divulgação / MDH
Rio - A viúva da vereadora Marielle Franco, Mônica Benício, se reuniu nesta sexta-feira, com o ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, para cobrar ações mais efetivas na elucidação do assassinato da parlamentar e de seu motorista, Anderson Gomes. De acordo com a pasta, Rocha se comprometeu a atuar junto às autoridades federais para que o caso seja solucionado rapidamente.
Marielle e Anderson foram executados em março.
Até hoje os autores do crime não foram identificados. A Polícia Civil e
o Ministério Público do Rio tratam o caso como sigiloso, mas indicam que a motivação para os assassinatos tenha a ver com a atuação política da vereadora.
De acordo com o ministério, a pasta ofereceu a Mônica a
inclusão no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos
(PPDDH). Ainda segundo o órgão, Mônica afirmou, durante o encontro, que
Rocha é a primeira autoridade em âmbito federal que a recebe. A ativista
disse estar preocupada com a demora na conclusão das investigações.
Hipóteses
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, já afirmou em meados de agosto que a elucidação do crime é uma "questão de honra" para o presidente Michel Temer e que a Polícia Federal tem uma equipe formada para atuar nas investigações, mas o MP do Rio ainda não aceitou a ajuda.
Uma das linhas de investigação envolve três deputados estaduais do MDB atualmente presos pela Lava Jato no Rio: Jorge Picciani (ex-presidente da Alerj, em prisão domiciliar), Paulo Melo e Edson Albertassi. Por esta tese, o crime teria sido encomendado por conta de uma disputa política.
(por: Estadão Conteúdo)
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