CASO ELIZA
Belo Horizonte (AE) - A Polícia Civil mineira encerrou no
início da tarde de ontem, sem sucesso, mais um trabalho de buscas pelo
corpo de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes. Esta foi a
13ª operação realizada na tentativa de localizar os restos mortais da
jovem desaparecida desde junho de 2010. As novas buscas foram feitas em
um terreno vago em Vespasiano, na região metropolitana de Belo
Horizonte, próximo à casa do ex-policial civil Marcos Aparecido dos
Santos, o Bola, condenado pela execução da vítima.
Flávio Tavares/Hoje em Dia/AE
Policiais acompanham escavação em terreno apontado por Jorge Rosa como local onde corpo de Eliza Samudio teria sido deixado
Os
trabalhos foram realizados com auxílio de uma retroescavadeira e foram
encontrados um par de sapatos e uma luva do tipo das usadas por
operários de construção civil, mas o chefe do Departamento de
Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil
de Minas, delegado Wagner Pinto, avaliou que os objetos “não têm nenhuma
relevância” para o caso.
O local onde ocorreram as novas
escavações foi apontado por um primo de Bruno, Jorge Rosa Sales, que foi
condenado pelo sequestro e morte de Eliza e cumpriu medida
socioeducativa por ser menor à época do crime. Ele havia concedido
entrevista a uma rádio do Rio de Janeiro afirmando saber do local onde
estaria o corpo e, ao ser ouvido pela polícia mineira, alegou “peso na
consciência” para resolver indicar o local mais de quatro anos após
Eliza ter desaparecido.
Após o depoimento, Wagner Pinto avaliou
que as declarações eram “coerentes”. Sales acompanhou as buscas com o
advogado Nélio Andrade, segundo o qual seu cliente permanece “convicto”
do local onde o corpo foi enterrado.
Desde o início das
investigações, Sales apresentou ao menos quatro diferentes versões para o
crime. Mas, de acordo com Wagner Pinto, o rapaz não pode ser acusado de
nenhum tipo de crime mesmo que esteja mentindo porque “não há como
comprovar”, já que o corpo pode ter sido realmente enterrado no local e
retirado da cova posteriormente.
O delegado afirmou ainda que
era necessário realizar as buscas para acabar com “qualquer dúvida” a
respeito da questão. E mesmo sem ter encontrado nenhum indício
“significativo” de que os restos de Eliza pudessem estar onde o rapaz
apontou, Pinto não descartou a possibilidade de fazer outra diligência
do tipo caso Sales indique novo local.
Desde que Eliza
desapareceu já foram realizadas buscas em diferentes locais de Betim,
Contagem, Vespasiano e Esmeraldas, todas na região metropolitana de Belo
Horizonte, além da própria capital.
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